Fer Mendonça 22/09/2012A primeira coisa que eu tenho a comentar sobre esse livro é que o volume que eu peguei na biblioteca tem um erro de digitação na capa. Sim, chocante. O nome escrito na capa é Marion Zimmer BraNdley, o que é muito esquisito para uma editora como a Rocco, mas erros sempre podem acontecer, então...
Esse é um dos livros da Marion que eu menos gostei. Não sei se é porque se passa na atualidade ou se a história se passa lentamente (confesso que nos 2 primeiros capítulos do livro eu trapaceei na leitura, pulando alguns parágrafos 'enrolativos' IUAHSIUAHS). Enfim.
O livro conta a história de Verdade, parapsicóloga filha de Thorne Blackburn, o hippie mago (ou mago hippie?) mais famoso de todos os tempos.
Ela O-D-E-I-A o pai dela profundamente, pois durante um ritual a mãe dela morre e ela o culpa por isso. Ele some depois desse acidente, os hippies-magos seguidores se afastam e ela acaba sendo criada pela tia.
Verdade trabalha numa universidade e várias vezes recebeu o pedido para escrever uma biografia de Thorne Blackburn, uma vez que é a única filha viva -e conhecida- dele. Geralmente ela rasga os papéis e ignora. Mas depois que sua tia descobre que tem câncer e solta que elas devem conversar sobre 'os outros', além de entregar alguns objeto de Blackburn para verdade (um anel, um colar e um livro), ela finalmente decide escrever a tal biografia e acabar logo com tudo.
Ela vai visitar a casa que era de seus pais (onde mais trocentos hippies viviam com eles) mas descobre que ela está habitada, por algumas pessoas que decidem 'reativar' o circulo de magia de Blackburn. Você vê logo no começo que Julian Peregrino parece ser um filho da mãe cheio de máscaras, que age com cada um de um jeito e que todo mundo parece temer, mas Verdade logo se vê encantada com ele, suas maneiras rudes e com toda a energia sexual que existe entre eles.
Logo na primeira noite ela conhece todos os habitantes...diferentes que vivem na casa e entre todas as figuras excêntricas existentes, são quatro as que chamam mais atenção: O Arcanjo Gabriel (sim, o nome é esse mesmo), que não quer nada com a magia e você não sabe o que diabos ele está fazendo lá. Luz, uma adulta com jeito de criança, viciada em doces e superhiper poderosa como médium. Irene Avalon, que era do circulo antigo e conheceu os pais de Verdade, além de nutrir um carinho especial pela mesma. E Fiona Cabot, a bonitona que não presta, que todo livro precisa ter.
Durante seu período de estudo (já que tudo que era de Blackburn continua na casa - fotos e cartas também), coisas estranhas começam a acontecer. Ela ouve uma voz masculina a mandando embora, vê a figura de seu pai no quarto. O colar e o anel somem, uns corredores não existentes antes aparecem e coisa assim. mas Verdade se RECUSA a acreditar que tem alguma coisa realmente acontecendo.
Sem contar que ela não percebe a paixão que um colega de trabalho, Dylan, sente por ela. Ficando preocupado, querendo ir lá com ela, enviando uns equipamentos e coisa assim. É irritante a cegueira dela.
Bem, de qualquer modo. No livro ela vai fazer descobertas supreendentes sobre si mesma, seu pai e as pessoas ao seu redor. Vai aprender também a ser menos ingenua, mas também a enxergar melhor as atitudes das pessoas - e interpretá-las. Vai ver que nem tudo que existe no mundo está talhado na pedra e que, como minha vó me diria: "Há mais coisas entre o céu e a Terra do que supõe nossa vã filosofia".
Tiveram algumas coisas no final que me surpreenderam, mas não foram nenhum grande mistério.
Enfim, é um livro bom (não dos melhores da autora), mas, como já disse, demora um pouquinho pra 'pegar no tranco'. Se você é fã da Marion, leia. Se não for, leia também! USHAUISHAUISH
Quotes:
"Alguns minutos depois Verdade ficou confusa, vendo um corredor estranho. O papel de parede era creme-escuro, com um desenho de flores azuis, completamente diferente das listras azuis e brancas do corredor no qual ficava seu quarto."
"Tire sua bunda racionalista daqui, antes que ela acabe chamuscada." - esse é de cabeça, porque eu esqueci de marcar e depois eu não consegui achar no livro. Alguma coisa pode - e deve- ter se perdido.
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