Isabella Pina 02/05/2011Cadáveres, nem vocês estão seguros maisO que podemos falar sobre um livro de suspense que tem tantas reviravoltas que você nem sabe em mais quem se pode confiar? Não muita coisa, certo? Por isso, se minha resenha deixar a desejar, não fique brava comigo imediatamente. Um dia você ainda pode ler esse livro e certamente vai me agradecer por deixar alguns "detalhes" de fora.
Phillp Marlowe é um detetive, que é contratado por Derca Kingsley para achar sua mulher, que está desaparecida há certo tempo. Só para avisar, os dois são casados, mas ambos nem se falam mais, sendo que cada um vive sua própria vidinha (cheia de regalias, pois ambos tem bastante dinheiro). A última notícia que teve dela foi um telegrama vindo de El Paso dizendo que se casaria com um de seus amantes, o mulherengo Chris Lavery. Porém, quando o Sr. Kingsley encontra Chris, este diz não ter viajado com sua mulher, o que acaba deixando uma ponta de desconfiança pois, se tivesse mesmo viajado com ela, esfregaria na cara, certo? É o que pensa Kingsley.
E, assim que é contratado, somos apresentados à secretaria de Kingsley, Adrienne Fromsett, morena, bonita, amante - opa, não sabia se podia contar... Brincadeira! :D - e sem aparentemente importância na história. A primeira pessoa que Marlowe visita é Chris, que reafirma a história contada a Kingsley, acabando a visita sem muitas coisas novas. Enquanto fica pensando no seu carro, nota que um senhor, Dr. Almore, fica preocupado com sua presença para, em seguida, chamar um policial valentão, Degarmo, lhe fazer umas perguntinhas. Depois da visita, Marlowe visita a casa do lago que os Kingsley tem, assim conhecendo Bill Chess, um faz-tudo por lá. Sua mulher, Muriel, tinha lhe abandonado e estava quase sempre bêbado (ou assim me pareceu). Depois de conversarem um pouco, vão para a represa/lago e quando Bill mexe uma das pedras - não sei explicar muito bem o que aconteceu - tem a impressão de ver um braço. Humano. Mexe mais um pouco as águas e um corpo boia. O corpo de Muriel... Mas em um estado de decomposição tão grande - pois faz um mês que ela sumiu - que se fosse outra pessoa, ele não saberia dizer. E é depois disso que a história ganha mais aventura. E mais perguntas, como todo boa história de mistério/suspense.
Marlowe é um personagem sarcástico, metido, inteligente, honesto e real. Ele fala merda, ele se machuca, comete erros. Não é perfeito. E suas respostas, quase sempre na ponta da língua, fazem com que o livro fique ainda melhor de se ler. Digno de 4 estrelas, além de um quase perfeito crime :P