Maria Luiza 11/06/2023
É um livro bem completo para quem quer entender o contexto do ataque. Mas eu acho que não fica muito nítido quem eram Eric e Dylan antes do massacre em Columbine, a maior parte das descrições é sobre psicopata, depressivo e bipolar.
Eu esperava um aprofundamento da vida escolar deles, ao mesmo tempo em que eles passam a imagem de adolescentes em crise, transmitem também a imagem de se sentirem pessoas superiores, o que é compreensível, mas eu só consegui captar a frustração, o desespero, quando o plano não sai como eles haviam planejado, toda a euforia se esvai quando a adrenalina acaba.
Eu fiqueibuscando o gatilho do Eric, algo que trouxesse uma resposta, mas aparentemente ele estava em constante crise de personalidade, ele queria atenção, queria ser reconhecido, queria ser ouvido.
Enquanto o Dylan discorria sobre felicidade, sobre amor e ser amado. Dylan queria a idealização de uma vida perfeita, harmônica, ele não queria sentir tristeza, angústia. E por não ter "encontrado" o seu "par", ele entrou nisso com o Eric. Isso fica bem nítido nas cartas escritas por Dylan, onde ele afirma não ter nada, ninguém, não ter amigos e nem um amor. Se não fosse pela personalidade dominante do Eric, Dylan não teria participado, teria se afundado na depressão, no seu próprio sofrimento.