canjica 03/09/2022
Perdendo meu medo de Shakespeare
(refazendo a resenha) A história conta sobre o amor proibido de dois jovens, Romeu e Julieta, de famílias rivais, que se apaixonam perdidamente ao se conhecerem num baile.
Shakespeare. Tenho medo desse nome faz um bom tempo.
Li "Otelo, o Mouro de Veneza" no meu nono ano para um trabalho escolar, mas por culpa de uma abordagem desleixada dos professores, ninguém entendeu a história, e todo mundo saiu traumatizado.
Lembro dos meus amigos desistindo de tentar ler, e se sentindo burros por terem que buscar por resenhas e significados.
Afinal, ler Shakespeare não é muito fácil, é um roteiro teatral, e muitas vezes acaba sendo confuso, principalmente quando não se entende bem o ""português antigo"".
Mas recentemente, estava reassistindo o filme de 68 (dir. Franco Zeffirelli), e parei para pensar, como eu amei e fui obcecada por esse filme por anos, e nunca cogitei ler o livro com a mesma história, por culpa de um medo besta? E não poderia ter sido melhor.
A leitura é ótima. Começa como uma comédia, e ri bastante com a impaciência de Benvólio, tentando ajudar o exagerado e melancolico Romeu a esquecer um amor não correspondido. E não esperava que Julieta fosse ser tão pé no chão em algumas ações. Shakespeare escrevia peças, é pra ser divertido.
Não acho que o filme tenha me influenciado tanto a ponto de me cegar na hora de ler a obra, e achar tudo perfeito. A leitura realmente me prendeu, e o filme, apesar de ser muito fiel, não tem todas as cenas e detalhes do livro, e pude matar minha curiosidade em saber exatamente como tudo foi descoberto pelas famílias no final. E as cenas escritas têm um impacto bem maior.
Mas, caso você não tenha conseguido ler, ou tenha o mesmo preconceito que eu tive, tentar o filme pode ser uma boa opção pra abrir a cabeça, e tentar novos horizontes. Contanto que você não desista de Shakespeare.