glauco.freitas.3 11/02/2021
Muito bom!
Quando dizem que o começo de O Exército de Imortais é "difícil" eu nem sempre entendo o que querem dizer. "Tem muito nome diferente", "Não conheço as criaturas", etc. Dessa vez, acho que dá pra dizer que provei do meu próprio veneno (ui!), pq o começo de "Em Qual 1917 Você Vai Me Encontrar?" dá vontade de amarrar as prega e fazer um laço!
.
O problema (um dos poucos que o #livro tem) é que nesse começo os capítulos são extremamente curtos e você salta no tempo ou no ponto de vista, só que você tá pegando uma história em andamento, então os personagens(ou o narrador) citam acontecimentos dos quais você não tem conhecimento e que repercutem em suas ações, psicológico, interações... É tipo tentar entender uma letra do Djavan.
.
Com o tempo, você ganha informação o suficiente pra entender o que caralhos tá acontecendo e a história ganha fôlego. A autora não perde muito tempo com descrições de ambiente e cenário e, pra mim, isso sempre é bom! Bora focar na história, carai! A parte de como funciona a #viagemnotempo em si não fica muito clara, mas isso tbm é pra melhor. E aliás, porra, bora escrever um livro de guerra? Melhores cenas do livro!
.
Meu segundo problema é a quantidade de personagens: tem a Tesa, a Sony, a Reh, o Zac, o Ned, o Klaus, o Andrei, o Mirek, a Malika, a Pietra... Dava pra montar uma edição de Chiquititas com essa galera! Em certo momento eu já não tinha certeza quem era quem - especialmente no começo do livro - , mas a maioria é bem explorada e contribuí pro andamento da história, mas dava pra dar uma enxugadinha...
.
No fim das contas, é um livro muito bom, apesar da barreira imposta no começo. Viagem no tempo é aquela coisa: difícil de ser bem trabalhado e, ao mesmo tempo, usado a exaustão. Aqui ele é bem trabalhado - mais no campo da fantasia que no scifi - e, ainda assim, consegue não cair nos clichês, já que é mais #characterdriven .
.
Recomendado bagarai!