Polly 11/02/2024
As Duas Torres: um livro de passagem (#195)
Igualmente ao A Sociedade do Anel, As Duas Torres é aquele tipo de livro recheado de aventura. O tom épico da narrativa não nos deixa duvidar disso.
O grupo que seguiu junto na missão de levar o anel para terras de Mordor até o final do primeiro livro, agora, vai se separar. Sam e Frodo seguirão na missão de levar o anel a Mordor, enquanto Pippin e Merry estão sequestrados pelos orcs. Já Legolas, Aragorn e Gimli vão correr contra o tempo para salvar os pobres dos hobbits sequestrados.
Confesso que fiquei, por boa parte da leitura, ansiosíssima para ver as aventuras que Sam e Frodo iriam enfrentar. O resgate de Pippin e Merry demora pacas para acontecer. Eu lia, lia, lia e parecia que não iria nunca chegar o momento de contar o destino do portador do anel e seu escudeiro.
No entanto, embora tenha demorado bastante, a espera valeu muito a pena. As aventuras de Sam e Frodo são simplesmente épicas. Ainda mais com a companhia inusitada de Gollum. Sei que pode até ser estranho, mas eu adoro o Sméagol bonzinho (que de bonzinho não tem nada, vamos combinar). O toque de humor maquiavélico que esse personagem dá à história faz toda a diferença. Adoro acompanhar.
Como todo livro de passagem, As Duas Torres te prepara para a guerra que vai acontecer em o Retorno do Rei. Nada se resolve nesse livro, e também não acontecem tantas coisas decisivas nele (não ter tantas, não significa nenhuma, tá?). Mas ele vale pela narrativa épica, pela descrição impecável das paisagens e cenas (um personagem à parte no enredo) e pelas maldades em tom cômico de Sméagol bonzinho.
Enfim, embora A Sociedade do Anel tenha sido melhor, As Duas Torres também tem seu valor. É, de fato, uma boa sequência para a história.