Luz 18/01/2022
Nem sempre uma boa ideia basta.
Terceiro livro do autor que eu leio e não gosto. Máximo respeito ao artista e a obra, mas esse livro foi o terceiro que eu encontrei com os mesmos principais erros: pressa e forçar muito a realidade para que certas situações ocorram.
Tive a impressão, ao ler 'Os Doze Mandamentos', de que o autor teve duas coisas na hora de sua escrita: uma ideia promissora e um contrato para concluir o mais rápido possível.
A primeira ideia de trazer aos "doze mandamentos" a moral de que as usuais punições da vida, aqui, seriam recompensas. Todavia, para que isso acontecesse, o autor teve de fazer um enorme malabarismo com a realidade, forçando não só os personagens (suas personalidades e atitudes), mas também o desenvolvimento de cada conto.
Por fim, duas coisas que eu não entendi: o porquê de formar um livro com 12 contos que até "dividem a mesma temática", mas não se interligam de maneira alguma; o motivo pelo qual um dos contos contradiz com TODOS os outros, desfazendo, sem intuito ou motivo, a possível "moral" que o livro poderia querer impor.