Anônimo 24/03/2014
Qual é a parte de que se trata de um livro infanto-juvenil vocês não entenderam?
Resenhas que desmerecem livros que eu gosto dificilmente me incomodam, porque gosto é algo muito pessoal. Não existe boa ou má literatura. Existem leitores com gostos diferentes. Mas percebo que boa parte das pessoas que leram e comentaram Os Doze Mandamentos o criticam por ser um livro fraco, bobo, superficial. Mas o que essas pessoas não entendem é que se trata de um livro infanto-juvenil, assim como A Perseguição, O Estrangulador, Corrida Pela Herança. São obras voltadas para crianças e adolescentes, para desenvolver o gosto pela leitura. Não há como comparar esses livros com obras como A Ira dos Anjos, por exemplo. As pessoas dizem que nem parece um livro de Sidney Sheldon, mas é óbvio que não deve se parecer com seus best-sellers adultos. Afinal, algumas das características de Sheldon são mulheres passionais, intrigas políticas, vinganças mirabolantes, personagens ambíguos e muito sexo. Agora imagine tudo isso num livro infanto-juvenil. Aí sim haveria motivo para indignação. E antes de o atacarem dizendo que mesmo em se tratando de um livro infanto-juvenil, essa é uma obra de baixa qualidade, saibam que tanto o livro em questão como as demais obras infanto-juvenis de Sidney Sheldon foram publicados no Brasil pela Editora Ática, conhecida pelo extremo cuidado que tem com suas publicações. A mesma da prestigiada coleção Vaga Lume. Além disso, algumas escolas adotaram os livros infanto-juvenis de Sidney Sheldon em seu currículo. Mas resenhando a obra, o que tenho a dizer é que se trata de uma deliciosa viagem literária, com momentos muito divertidos, situações surpreendentes e uma grande lição: que o que é certo e errado são conceitos relativos e por isso, não podemos julgar a conduta de ninguém.