O Ateneu

O Ateneu Raul Pompeia
Franco de Rosa




Resenhas - O Ateneu


452 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |


vininho 09/01/2023

O Ateneu, de Raul Pompeia, infelizmente não conseguiu me impressionar e cativar. A sensação de que o livro não caminhava, que parecia ser um problema apenas dos primeiros capítulos, mostrou ser um dos grandes problemas da leitura desse livro. São pouquíssimos diálogos e muitos momentos de introspecção - o autor parece despejar todos os seus traumas e devaneios, criando longas sentenças e parágrafos cheios de frases bonitas, mas que não conseguiam me deixar apaixonado.

Além disso, por conta dessas delongas, acabei me dispersando inúmeras vezes do que estava sendo descrito e me perdendo um pouco no andamento da história que, apesar disso, parecia ser mínimo. Não acho, contudo, que seja um livro ruim ou sem valor construtivo para a história da literatura brasileira, porém, não posso dizer que funcionou para mim.

"Chorava à noite, em segredo, no dormitório; mas colhia as lágrimas numa taça, como fazem os mártires das estampas bentas, e oferecia ao céu, em remissão dos meus pobres pecados, com as notas más boiando."

"notei-lhe um calor novo de amizade, sem efusões como dantes, mas evidentemente testemunhado por tremores da mão ao apertar a minha, embaraços na voz de amoroso errado, bisonho desviar dos olhos, denunciando a relutância de movimentos secretos e impetuosos."
comentários(0)comente



Edneia.Monteiro 07/01/2023

O Ateneu
Livro de Raul Pompéia - conta a história de Sérgio, que aos 11 anos passa a estudar no renomado Colégio Ateneu e conta suas experiências como interno do colégio.
Não recomendaria a um amigo como primeira leitura.
comentários(0)comente



joaoggur 06/01/2023

Para quem gosta de clássicos.
O Ateneu, de Raul Pompeia, sempre foi difundido e reverenciado por um pequeno número de acadêmicos, julgando-o como uma peça subestimada da literatura nacional, não tendo o devido reconhecimento como outras obras do mesmo período. Decidi dar uma chance ao livro e admito que me decepcionei.

A trama é narrada por Sérgio, que conta sobre como era a sua vida na época em que estudava no temido, respeitado e cruel Ateneu, um colégio religioso e interno marcado pelo ensino garrido.

O livro é interessante pois trata de assuntos que, na época, não eram retratados (em suma, o autor reflete sobre a Homossexualidade dentro do colégio, além de duvidar da suposta ?heroicidade? de padres que se dizem professores, contestando o poder de figuras religiosas. Se ambos os temas já causam alarde nos tempos atuais, imaginem em 1888, quando fora lançado?).
A grande questão é que o autor gasta muito tempo com coisas inúteis. Após o leitor se contextualizar com as características do Ateneu, parece que há um buraco no metade do livro até se chegar à conclusão. Seria possível diminuir o número de páginas facilmente.

Esse livro tem todas as características de um ?clássico?, como o exacerbado uso da norma culta ou se passar em um Rio de Janeiro antigo. Para quem gosta do estilo, é um boa leitura. Já para aqueles que querem começar a ler o gênero, desaprovo fortemente como uma inicial leitura.
comentários(0)comente



FlAvia1408 04/01/2023

E aqui temos ele o primeiro do ano, sinceramente eu só li ele porque o modo como a minha professora contava sobre ele me animava de muitos jeitos pra ler ele, um ano depois de me formar eu resolvi ler e sinceramente que livro chato, o Sérgio protagonista é mais chato ainda, foram bem umas 4 páginas pra narrar um jantar importante que teve no ateneu e fiquei tão perdida que não sabia nem onde tava.
Felizmente acabei esse livro (depois de abandonar).
comentários(0)comente



luizaviana 30/12/2022

crônica de saudades
sem dúvida, a leitura que mais me surpreendeu (positivamente) esse ano. um livro com uma estranha má reputação, devido ao contexto da época e ao que é falado atualmente a respeito da sua linguagem.

com muitas identificações ao longo do romance, Pompéia me tocou profundamente com representações de sentimentos diversos, em cenas bem estruturadas, sempre com duplos significados. mesmo sendo uma leitura pesada, eu tendo que parar diversas vezes para processar o que li ou simplesmente porque ele te prende numa empatia que quando o Sérgio se apaixona, você está junto, você sente raiva, ódio, amor, gatilhos e também saudades daquilo que você sentiu ao longo da história e também reflete sobre aquilo que você mesmo já viveu.

um livro que eu com certeza vou levar para minha vida, muito obrigada mestra Unicamp ?
comentários(0)comente



Lucas 27/12/2022

quanta palavra dificio
queimarão a escola por causa de goiabada ???? ???? ???? ???? ???? ???? ???? ???? ???? ???? ???? ???? ???? ????
comentários(0)comente



Ana.Carolina.M 19/12/2022

Memórias do internato
Sérgio é um menino tímido e de boa família que é levado para estudar no grandioso internato O Ateneu, nesse livro será contadas as memórias de Sérgio sobre seu período nessa escola.
Quando vi que o livro tinha 170 páginas pensei que terminaria em 1 semana, mas eu estava enganada kkkk levei 1 mês ? e faltou bem pouco para não abandonar.
A história começa bem chata com o Sérgio entrando no colégio choramingando a respeito de tudo, algumas coisas até fazem sentido ( como quando quase afogam ele) mas outras são sem noção ( como quando ele reclama de estar sozinho sendo que ele não faz esforço nenhum para fazer amizade com ninguém), ele tem um processo de amadurecimento durante o livro e se torna mais consciente sobre as coisas que ele pode mudar e o que não pode.
As peraltices que acontecem no colégio são mesmo assustadoras o que, para mim, mostra que uma escola não consegue corrigir tudo em uma criança, algumas coisas tem que ser os pais, pois o nível de crueldade de algumas situações mostra como alguns personagens não tem noção das consequências de suas atitudes, e em uma escola com tantos aluno, não teria como eles terem a devida atenção para ganhar essa consciência.
O que me surpreendeu foi ter uma temática LGBT na história kkkk, eu não esperava por isso, mas faz sentido considerando que eles estão na idade de se descobrir e de só terem contato com meninos.
Mas o Aristarco foi o personagem que mais mostrou o amadurecimento do Sérgio, pois a forma como ele fala sobre o diretor no início do livro e no final são bem diferentes, e mostra como ele deixou de lado a inocência e de endeusar o diretor para ver como ele realmente é, um homem egocêntrico, imprudente e que age como se fosse um deus do colégio e isso é mostrado principalmente na cerimônia do busto.
Enfim, para mim o que mais valeu a pena foi o final do livro.
comentários(0)comente



Gu Vaz 11/12/2022

Papéis sociais
O Ateneu nada mais é que o reflexo da sociedade no tempo em que está inserido, internato para a elite, cheia de meandros para esconder as sujeiras, os preconceitos debaixo da moralidade, como toda elite faz não importa o século. No microcosmo o internato é o filho do externato, do mundo; falsidade, ambição, bajulação, competitividade depreciativa, impotência diante uma incapacidade emulada pelos papéis sociais. Não se vive uma verdade, pois esta permanece no leito da infância, momento tão fugaz de humanidade genuína despida de pudores, mas que logo é suprimida.
comentários(0)comente



Beatriz.Heinzle 10/12/2022

Leitura difícil
Sinceramente, quando alguem te conta a história do livro vc fica interessado e propenso a ler . Porém achei a escrita MUITO dificil e a história confusa demais.Demorei mais de 1 ano para ler esse livro e nas duas vezes que tentei fiquei em uma ressaca literária de meses...Somente terminei a leitura porque é livro obrigatório para o vestibular da UNICAMP, porque se fosse por livre e espontânea vontade, nao o teria terminado.
Enfim queria dizer que para quem quer ler um classico difícil da literatura brasileira, eu o recomendo. Entretanto se você está começando agora, inicie por Machado de Assis.
comentários(0)comente



rafa 26/11/2022

uma leitura extremamente difícil que dificulta a fluidez da história mas com uma escrita poética e cheia de referências que faz valer a pena.
comentários(0)comente



Vininini 23/11/2022

Não foi uma leitura muito proveitosa, é até difícil dizer algo a respeito da qualidade da obra.

O livro é muito exigente, além do vocabulário o autor faz muitas referências e analogias que eu não fui capaz de entender.

A edição é muito boa, cheia de ilustrações feitas pelo próprio autor e com muitas notas explicativas.
comentários(0)comente



joao.vitor. 10/11/2022

Clássico da literatura nacional
Minha leitura de "O Ateneu", originalmente publicado em 1888, do escritor Raul Pompeia (1863-1895), foi aquela publicada pela Editora Avenida em 2012. Não obstante contenha o texto integral, preservando o espírito de escrita pompeiana, esta edição deixa a desejar, posto que a fonte da letra é desconfortável para a leitura, e não há sequer informações adicionais sobre a biografia do autor e o contexto em que a obra foi publicada, requisitos mínimos que devem constar em uma edição de quaisquer obras clássicas, ao meu ver.

No que toca à história, talvez por conta da minha experiência inaugural com a escrita de Raul Pompeia, não achei-a muito fluida e um pouco cansativa. Ao narrar o processo de desenvolvimento do protagonista Sérgio enquanto presente no desafiante espaço do Ateneu, apresentam-se, amiúde, ponderações exaustivas sobre assuntos outros. Poderia ter sido um recurso interessante, se, com efeito, não me provocasse a dificuldade de melhor relacioná-los ao enredo e concentrar-me na história principal. Como exemplo, o narrador-personagem se empenha em tecer críticas ferrenhas aos costumes sociais e à religião. Creio que talvez um dos indícios para tal aversão seja a vivência pessoal de Pompeia no Colégio Abílio da Corte, instituição de ensino no Rio de Janeiro, e cuja representação se dá na figura do Colégio Ateneu. Em verdade, a prosa do livro evoca um quê memorialístico do autor.

Confesso que também não me apreciou a ideia de introduzir certos personagens, desenvolver brevemente os seus laços afetivos com o protagonista Sérgio, e quase abruptamente, desconstruir estas importantes relações de afeição, estima e companheirismo de outrora, relegando tais seres atuantes da história ao esquecimento. No entanto, a capacidade do autor de construir as particularidades próprias de cada personagem, sob viés fortemente irônico e crítico-social, é certamente primorosa.

Nesta senda, há outro elemento da obra que valorizo muito, qual seja, o debate acerca de
temáticas não recorrentes na literatura outrora vigente, a exemplo da corrupção do sistema educacional brasileiro e o despertar da orientação sexual homoafetiva entre os garotos. Reconheço a coragem e a importância do autor ao tratar sobre tais tópicos, pois espelham o retrato de uma sociedade profundamente conservadora e heteronormativa como a do Brasil em fins do século XIX.

Ademais, tive a impressão de que a linguagem da obra é ainda mais rebuscada do que a empregada por outros escritores do mesmo período (ou mesmo antes dele), alguns dos quais tive oportunidade de experienciar leituras.

Por fim, embora eu não tenha me conectado com a arte do escrever pompeiano e certas convicções a ela associadas, creio que a leitura de 'O Ateneu" seja muito válida. Tanto em face das múltiplas questões exploradas na obra, como a fim de a conhecermos melhor a literatura clássica brasileira, desconstruindo os estigmas a ela associados e valorizando a nossa cultura.
comentários(0)comente



Gabalis 03/11/2022

Alunos, mestres, prisioneiros do Ateneu.
O livro sustenta-se numa espécie de tríptico; perfilagem psicológica, descrição física e balanço moral. O Ateneu é contado a partir de um bufê destes três aspectos, o autor pega um pouco de cada elemento e com eles cria e rememora os personagens, eventos e locais do romance, associando ou ilustrando aqui e ali com fábulas, mitos, eventos e pessoas da história, tudo amarrado por uma linguagem rica, alternando entre descrições precisas e poéticas, sem ter a preocupação de manter-se em curso; o narrador tem a tendência, como é a tendência da memória, de devanear e escapulir para fora do seu objeto imediato. O leitor que está preocupado primeiramente com seguir aos aspectos concretos da narrativa (o que ciclano ou beltrano fez e a consequências de seu ato), vai acabar se frustrando com o estilo do Pompéia. Uma vez que se compreenda que o intento da obra é nos causar uma impressão literária dos três aspectos mencionados, através das impressões de um menino, agora adulto, sonhando sua infância, a leitura será muito mais satisfatória.

O charme do enredo não vem propriamente dos fatos que se passam, muitos deles mundanos como hão de ser em sua maioria, mas no talento do autor de convergir em suas descrições aspectos físicos, psicológicos e morais dos habitantes do Ateneu, tudo feito a uma certa distância, essa causada pelo imenso gênio artístico do autor que no fundo, talvez não desse mesmo para essa vida. Um dos muitos exemplos disso, podemos ver na descrição de Cândido, um dos meninos envolvidos num escândalo, lá pelo meio do livro: “Cândido era um grande menino, beiçudo, louro, de olhos verdes e maneiras difíceis de condolências e enfado. Atravessou devagar a sala, dobrando a cabeça, cobrindo o rosto com a manga, castigado pela curiosidade pública.”

Tudo no Ateneu vem à vida desta maneira, criando um espaço fascinante e extremamente belo, lúgubre, onde os prisioneiros do Ateneu riem, choram, e aprendem a existir no mundo da melhor maneira que suas habilidades permitam. Muitas são as oportunidades para o leitor ceder às suas próprias divagações durante a narrativa, lembrando-se de suas próprias memórias de infância e talvez juntá-las em sonho com os corredores de um internato no fim do Império.

É uma pena muito grande que o autor tenha morrido tão jovem. Raul Pompéia, tivesse o tempo para amadurecer completamente como escritor, teria sido capaz de escrever algo da magnitude da obra Em busca do tempo perdido de Proust. Todos os elementos para tanto já se encontram no Ateneu. Bastava que vivesse um pouco mais para escrevê-lo. Quem sabe o que perdemos.
comentários(0)comente



AMANDA3038 02/11/2022

:)
li esse livro na biblioteca da escola, a princípio, foi para conseguir entender melhor a peça de teatro. é uma boa literatura nacional, particularmente, recomendo, mas lembrando-se sempre da época que fora escrito e do período que é ambientado.
comentários(0)comente



cariad 01/11/2022

o ateneu
esse é, definitivamente, um livro. um livro com muitas palavras. várias palavras, né? parece um livro mesmo.
Cazuz0 01/11/2022minha estante
Pelo seu perfil já vi q vai prestar Unicamp


cariad 01/11/2022minha estante
@study_anthony sim! kkkkk to fazendo maratona dos livros


Cazuz0 01/11/2022minha estante
Boa sorte. Eu vou prestar a Fuvest e não vou conseguir ler todos os livros




452 encontrados | exibindo 136 a 151
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |