O Ateneu

O Ateneu Raul Pompeia
Franco de Rosa




Resenhas - O Ateneu


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Hilton Neves 30/01/2022

Desgostei da estória em si. Muita viadag3m ali dentro do colégio, iconoclastia demais e umas indiretas jogadas à monarquia.
Mas apresenta bom vocabulário, o estilo de escrita do naturalismo e nos ensina um pouco da vida cultural da principal cidade do nosso país no fim do século XIX.
caspaeletrica 15/02/2022minha estante
E a tal dita "viadag3m" é um problema? Por que pra mim parece ser bem revolucionário


Hilton Neves 16/02/2022minha estante
Nesse objetivo que o autor possui, não.


caspaeletrica 16/02/2022minha estante
e por causa de pessoas como você que ele se m4tou depois de tanta crítica ao livro, pessoas como você hipócritas e retrógradas.


Hilton Neves 16/02/2022minha estante
Que lindo, justiceirinho! Agora pode cortar o cabelo e ir enxergar melhor o mundo!


caspaeletrica 16/02/2022minha estante
Que bom que você sabe que foi lindo o que eu disse. Pelo menos você reconhece.




Kakau 29/01/2022

O que determina a formação de um caráter?
Posso afirmar que experimentei um turbilhão de opiniões e impressões durante a leitura.
Expresso aqui a minha total surpresa pela linguagem altamente rebuscada de Raul Pompeia;ultrapassou todas as minhas expectativas.Fora um desafio a mais,e,sim,também foi o motivo principal para a minha lentidão e,ao mesmo tempo,para o meu estímulo em me manter cativa nas meditações intelectuais e confidenciais do narrador-protagonista.
Classificado como um romance de formação,o livro percorre,esplendidamente,o amadurecimento de Sérgio,cujo desenvolvimento é ambientado em um internato para meninos no Rio de Janeiro.A ideia do colégio é logo introduzida na primeira página,no seguinte fragmento:" 'Vais encontrar o mundo,disse-me meu pai,à porta do Ateneu.Coragem para a luta.'Bastante experimentei depois a verdade deste
aviso[...]".
Desconhecendo o gênero da obra,não estava me agradando muito a escassez de acontecimentos de forte tensão,a falta de um clímax.Queria ler qualquer coisa que não pertencesse ao campo psicológico e de estado meditativo.Passou pela minha cabeça abandonar o livro a fim de,em algum outro período que não este,retomar a leitura.Contudo,olhando o livro de uma outra perspectiva,que mais se aproxima da intencionalidade do autor?acho eu?,devorei as páginas com deleite e sem pressa alguma para finalizá-las.Ainda sim,a mudança de perspectiva não anula a dificuldade que tive para me adaptar ao léxico do escritor.
Há,em especial,uma série consecutiva de páginas (da página 88 até a página 95) que achei deslumbrantes,com uma voz poética sublime.Entre meus parágrafos favoritos,destacam-se:
"A Arte é primeiro espontânea,depois intencional.Manifesta-se primeiro grosseiramente,por erupções de sentimento,e faz o amor concreto,a interjeição,a eloquência rudimentar,a poesia primitiva,o primitivo canto.
Manifesta -se mais tarde,progressivamente,por efeitos de cálculo e meditação e dá o epos,a eloquência culta,a música desenvolvida,o desenho,a escultura,a arquitetura,a pintura,os sistemas religiosos,os sistemas morais,as ambições de síntese,as metafísicas,até as formas literárias modernas,o romance,feição atual do poema no mundo."
Aproveitando o ensejo,gostaria de encerrar a resenha com mais uma passagem extraída do livro,a saber:
"Com o predomínio insensato das religiões,o amor deixou de ser artístico,passou a ser sacramental;com o predomínio das modalidades,deixou de ser um fenômeno,e passou a ser um ridículo ou uma coisa obscena."
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Wacinom 29/01/2022

Um romance realista e profundamente crítico a sociedade burguesa o Ateneu, também é umas das principais obras que compõe o Realismo Brasileiro.
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Isabelle 26/01/2022

Eu sei que é um clássico e com certeza durante a leitura pude apreciar isso, mas sinceramente não gostei muito. A linguagem e metáforas do livro são lindas e a certa crítica que o autor faz foi interessante, porém eu pulei diversas páginas em pontos aleatórios do livro e não fez diferença nenhuma no entendimento da história.
Enfim, somos livres para não gostar de clássicos, apesar de que para alguns isso seja um crime lol
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Maria14000 23/01/2022

Vale a pena ler!
"Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez, se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo - o funeral para sempre das horas." - O Ateneu, Raul Pompéia

- Profundo, né?!

Foi o primeiro livro que tive que ler com ajuda de um áudio livro para não me perder e não vaguear muito kkkk, já que a linguagem era e é muito complicada/complexa para mim, por isso que dei 4 estrelas; mas é um livro muito interessante, profundo e que traz reflexões e curiosidades daquela época muito boas, vale muito a pena ler e quebrar um pouco da cabeça decifrando-o! kkkkk
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Miah.Kan-Po 23/01/2022

Meio bugado, mas muito bom...
O livro tem um enredo meio confuso, devido à relação oscilante entre narrador e protagonista. Há uma proximidade e uma distância ao mesmo tempo, e o livro é narrado em primeira pessoa, por isso o engodo para compreender alguns pontos.

A obra tem uma mistura de formas discursivas: é um livro de memórias que desliza para a ficção, uma narrativa com recursos poéticos, uma prosa que muitas vezes se confunde com a linguagem ensaísta.

O livro não se trata apenas de uma crítica aos internatos da época; a revolta contra o sistema educativo. O autor aborda a impotência afetiva, o drama da solidão e a homossexualidade.

Mário de Andrade chegou a dizer que esses temas poderiam ser entendidos como autobiográficos, e não é difícil imaginar a enorme dificuldade de Pompeia em seu tempo para tratar sobre homossexualidade, que toda a sociedade rotulava como vício, doença, desvio.

Essas relações afeto-sexuais são narradas de modo alusivo e discreto, sempre com insinuações, eufemismos e reticências. O leitor tem que ficar atento ao que o autor quer realmente dizer, ler nas entrelinhas...

P. S.: Algumas considerações foram parafraseadas de textos críticos sobre a obra, textos complementares que me ajudaram a compreender o cerne da obra, bem como a belíssima apresentação feita por Ivan Marques, grande prefessor de literatura brasileira ?
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Sampaioaninhaaa 21/01/2022

Não entendi nada
Eu não consegui entender muita coisa mas a culpa é unicamente minha por ser uma adolecente de 15 anos ignorante. Gostei da história mas em algumas partes eu fiquei meio "?????"
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Clara 13/01/2022

Escola como uma empresa e a educação machista
Um dos clássicos da literatura nacional, "O Ateneu" de Raul Pompéia é um livro dificil de ser tragado, tanto pelos excessos descritivos do Autor, quanto pelo relato de violência e opressão que domina o ar do internato.

Pela corrente majoritária de pesquisadores, ?O Ateneu? é visto como uma obra Realista, por apresentar características marcantes de estilo como: a) os excessos de descrições (dos espaços, das pessoas, dos gestos e dos pensamentos - principalmente); b) a representação do homem no seu cotidiano (a vivência diária no Ateneu) e c) a crítica social (evidenciada de forma unanime pela figura hipócrita de Aristarco). Entretanto, merece atenção a ponderação feita por Antônio Candido, que abriu a possibilidade de se enxergar a obra com elementos próprios do naturalismo: ?a busca de uma explicação materialista para os fenômenos da vida e do espírito, bem como a redução dos fatos sociais aos seus fatores externos, sobretudo os biológicos, segundo os padrões definidos pelas ciências naturais.").

Durante a leitura percebemos que a conduta de Sérgio se faz e se molda por conta do seu meio, exemplo disso é o espaço de violência em que está inserido e também quando o colega Rebelo no início da obra que já expõe as regras de sobrevivência ao internato.

Sobre a questão estética, ainda temos que a escrita muito rebuscada, beirando a um culto/veneração da língua portuguesa como outra característica do livro, que, somada as muitas descrições do entorno do personagem, criaram certa dificuldade para uma leitura fluida.

Em seguida, nota-se que ?O Ateneu? passa a ideia de ser também um romance de formação, que nada mais é do que um obra que perpassa pelo processo de amadurecimento e evolução pessoal do indivíduo. Ainda que o período vivido por Sérgio no ateneu tenha se limitado a talvez 1 ano e meio/2 anos ? o que difere um pouco da regra de outros romances de aprendizagem -, são perceptíveis as mudanças em seu comportamento, que no início ainda era muito infantilizado, para no final, estar visivelmente modificado no seu interior. Grande parte de sua formação se deu pelo contato com os outros meninos do internato, alguns que destaco: a) Sanches e Bento Alves, são dois personagens que em passagens diferentes tocam na relação de Sérgio com a sua sexualidade ? a qual ele nem se põe a pensar tanto, por conta da masculinidade tóxica (além de estarmos falando de um romance escrito no Brasil de 1888 em que não existia qualquer tipo de abertura para falar sobre o tema, sem ser de modo caricato); sobre Bento Alves, ainda faço um adendo, já que no Capítulo 6, Sergio o descreve não apenas como uma espécie de protetor, mas um tipo de cavaleiro, e quando Bento vai preso, ele relata um sentimento de abandono, tal qual as "damas trovadoras"; pessoalmente me entristeceu o fato de ?sem mais nem menos? Bento Alves se virar contra Sérgio e o agredir; b) Barreto e Santa Rosália, por sua vez refletem o a relação de Sérgio com a religião, que culmina em uma completa descrença dos símbolos católicos ? a imagem de Santa Rosália, por exemplo, ele guardava apenas para se recordar de sua falecida prima; c) Franco, seria a representação da violência ? o episódio da piscina ? em que a moral de Sérgio ressoa e ele sente-se angustiado com a possibilidade da tragédia contra seus colegas; d) Por fim, tem-se ainda o único amigo verdadeiro tido por Sérgio, que era Egbert, que demonstra o companheirismo fraterno entre eles.

É inegável que essas experiências acabaram por moldar o personagem, ainda que pelo curto período.

Traçando um paralelo entre a obra e algumas das temáticas trabalhadas no início da disciplina como a ideia de nação, a criação do sentimento de nacionalismo, temos a figura de Aristarco: sujeito que se dizia representar o pilar da moralidade, anticorrupção, ?grande educador? que forma o futuro de um país ? médicos, engenheiros e advogados.
Um detalhe interessante é que quando se discutiu o a ideia e a força do nacionalismo, o que fora dito por Ernest Renan nunca fez tanto sentido: a perspectiva histórica é inimiga do nacionalismo, pois temos que esquecer algumas coisas, para a Nação prosperar e progredir. Nesse caso, Aristarco é um desenho fiel do nacionalista que nega o que aconteceu (ou o que acontece) debaixo do nariz dele, já que ele ignora por completo os casos de violência que tomam palco no internato, preocupando-se apenas quando diz respeito a manutenção e prosperidade financeira da sua empresa escolar. A fachada do Ateneu como uma instituição reformadora é tão falsa e artificial quanto a ideia de que existe uma nação brasileira. Por fim, ressalta-se que ainda em 2021 já cruzamos com muitos ?Aristarcos? durante a trajetória academica.

No mais, a forma como é escrita a narrativa, nos depois de ter estudado no internato, soam como um olhar no passado, não tão nostálgico, mas mais como uma análise fria daquele tempo, a qual encerra da seguinte forma: ?E aqui encerro a minha crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo ? o funeral para sempre das horas.?. Do trecho final, extraímos que o termo ?crônicas de saudade? se encontra revestido de ironia, porque não há saudades daquele tempo, regado a violência, repressão e angústia.
Clara 13/01/2022minha estante
*Resenha com comentários feitos para a disciplina "A literatura Brasileira na construção da identidade nacional" (Leta21 - UFBa)




Artur 12/01/2022

Vim, vi e corri
Esse livro fez parte da lista de "leituras obrigatórias" da minha escola, no ensino médio. Caia no vestibular, coisa e tal (ainda cai? não sei. apostaria que não).

Não é de surpreender que o jovem em geral não tenha apego à literatura nacional, visto que o que lhe é colocado como leitura obrigatória sejam os clássicos. Existem clássicos mais acessíveis que este e que têm leitura mais flúida, com maior chance de capturar um jovem leitor. Machado de Assis, por exemplo, com sua trilogia (Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro) me foi encantador, mesmo tendo 15 anos apenas. Outros achei massacrantes à época, mas reli em outros períodos da vida e amei.

Na época do meu ensino médio não li O Ateneu (assim como alguns outros de outros autores). Achei que ia ser a maior chatice. Hoje, 20 anos depois, li e percebi que estava certo. É chato mesmo.
Wes 12/01/2022minha estante
Lendo esta resenha me sinto menos culpado por ter lido o primeiro capítulo e abandonado esse livro...




Loh Valente 09/01/2022

A história é legal mas...
Achei a história até que legal, mas a leitura, para mim, foi muito maçante em sua maioria. O linguajar rebuscado foi um pouco chato para ler. Mas de forma geral até que gostei desse livro. Achei alguns personagens interessantes.
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Caroles2 30/12/2021

Achei o enredo do livro bem interessante, devido a isso resolvi dar uma chance. A história é legal, o problema é que ele é bem cansativo, devido ao rebuscamento da escrita.

Recomendo a leitura, pois precisamos conhecer os grandes clássicos da literatura!
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Thiago Duarte 28/12/2021

Lembranças de um período contubardo
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.” Assim se inicia uma das obras mais importantes de Raul Pompeia: O Ateneu. O romance vai narrar, em primeira pessoa, a história de Sérgio o qual, depois de adulto, resolve contar suas reminiscências de quando era um garoto doce, ingênuo e religioso na fase dos 11 anos e aluno do Ateneu (colégio interno frequentado apenas por homens), conseguindo assim sair dessa caracterização “angelical” e passa pela maturidade, por mais que ela tenha acontecido na maior das atrocidades. Nota-se que o livro possui uma linguagem bem difícil, mas que isso não o torna inalcançável aos leitores. Pompeia, assim como seu personagem principal, também estudou em um internato chamado Colégio Abílio, fazendo com que esse romance seja tratado como autobiográfico.

A princípio, como visto anteriormente, o livro começa com a lembrança de Sérgio ouvindo a instigante e desafiante fala de seu pai o qual diz que o menino precisa conhecer o mundo e ter coragem para enfrentar as lutas desse mundo. Metonimicamente e eufemisticamente, pode-se compreender pelo dizer do pai que esse mundo seria uma suavização da “parte pelo todo”, isto é, o Ateneu representará uma parcela do que seria o mundo real, onde Sérgio terá contato com as mais diversas mediocridades em consonância a personagens emblemáticos que beiram à ganância, à luxúria, à vaidade, à imoralidade. O colégio ficcional, do lado de fora e a recepção do desfile dos alunos para o início do ano letivo, é para Sérgio encantador e colossal. Entretanto, ao ingressar de fato no internato, o menino vê que aquela beleza e recepção, não passavam apenas de roupagem para um colégio que por dentro era um antro de imoralidades e imperfeições. Sendo assim o garoto que até então era cru a esses aspectos, acaba passando por diversas situações caóticas que acabam moldando a sua personalidade, seu amadurecimento como o pai já havia dito.

Além disso, Pompeia acaba trazendo também a questão da homossexualidade por essa convivência entre os meninos e também de toda questão que ele traz sobre os protetores e protegidos, mas não uma afeição de amor e prazer muitas vezes, mas sim como algo conturbador que paira a favores sexuais partindo dos alunos maiores (protetores) para com os alunos mais fracos (protegidos). Há ainda também a discussão a respeito da religião onde um de seus colegas se acha o que tem mais moralidade e sabe de tudo do mundo celestial, utiliza-se dessa vertente não para dar um certo amparo aos colegas, pelo contrário faz da religião uma forma de pôr medo, amedrontar as crianças.

Desse modo, ao saber um pouco da vida de Raul Pompeia, O Ateneu permite ao leitor entender que esse livro é em tese autobiográfico, justamente, pelo autor ter estudado no internato Colégio Abílio, e assim, de forma ficcional transpor as suas frustrações de quando estudava lá. Logo, percebe-se que Pompeia através desse romance vem denunciar os abusos que eram tratados dentro dos internatos, como o abuso de poder e a não fiscalização comportamental de alguns alunos para com outros, sendo mais importante o status do que de fato a vida daquelas crianças.
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Estante Atípica 16/12/2021

Um clássico da literatura nacional, considerado uma obra crítica da época, mas extremamente cansativo. Composto por uma linguagem rebuscada, fazendo a leitura se tornar chata. O enredo em si é interessante, mas a leitura não flui.
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camillys 15/12/2021

gay gay gay
nao sei pq mas eu esperava mais desse livro, msm assim foi muito bom, gostei da ambientação e td mais além de que só gay nesse livro
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