litera.liza 20/03/2020
Corle, eu te amo!
Eu acompanho a Clara Corleone já há um certo tempo através de seu facebook. Tempo suficiente para eu não lembrar como cheguei até seu perfil, visto que, na época, ela ainda não tinha taaantos seguidores como conquistou, e vem conquistando a cada dia. O que posso dizer é que sempre me identifiquei bastante com seus posts e, também, seus gostos. Corle (íntima, ela) também é #aloka da Marilyn Monroe e cheia de biografias dela. Não para por aí toda essa identificação, mas, hoje, eu quero falar mesmo é sobre seu primeiro livro: o homem infelizmente tem que acabar. Assim mesmo, em letras minúsculas, pois é como Clara escreve.
Corri para comprar seu livro assim que foi publicado, mas confesso que com um pé atrás. Explico: já aconteceram algumas vezes de eu ler livro de pessoas que já escreviam anteriormente em sites e/ou redes sociais e acabei achando “mais do mesmo”, independente se a proposta do livro é trazer um compilado desses textos já publicados, ou não.
Para minha surpresa (ou não?) aqui esse sentimento não foi despertado em nenhum momento. Pelo contrário, a escrita de Clara é tão original, criativa e gostosa de se ler que, mesmo que eu venha a ler um mesmo texto dezenas de vezes, ainda tem o frescor de como se fosse a primeira vez.
O humor da autora é na medida certa. Ela nunca passa do ponto, nunca força a barra. Simplesmente, porque ela não precisa disso.
Apesar dela se negar como cronista, pois, segundo a própria, ela “escreve de forma espontânea” ( e “com o fígado” ), suas crônicas vêm de sua realidade, seu próprio cotidiano, e isso é maravilhoso.
Clara Corleone é feminista e esta característica é notória em todo o livro. Você não vai encontrar aqui uma cartilha do Movimento, tampouco cagação de regras. Ela escreve sobre amor e sexo e seus textos são empoderadores e imprimem a mulher dona de si, agente de suas ações e desejos. “mulher que é mulher até na orgia faz o que quer. Seja dar, seja não dar, seja sair com você de novo, passar o número de telefone, aceitar um convite, recusar um drink, enfim."
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Eu leria, com entusiasmo, até a lista de supermercado da Corle. E, sinceramente, te aconselho a conhecê-la agora mesmo!
site: @aquelaepifania