Resenhas - O Brasil não cabe no quintal de ninguém

Thaís 17/01/2021

Dois livros, duas histórias
O livro é dividido em partes, as primeiras consistem em um relato dos anos de trabalho no FMI e no Banco do BRICS. As demais, de um apanhado de ideias do autor. No fim, uma seção que reproduz artigos publicados em outros meios. Confesso que, de longe, a última foi a que mais me agradou. Talvez pelo tom mais debochado, como o próprio autor faz questão de exaltar. As primeiras também são interessantes para introduzir o leitor no mundo amplamente discutido e largamente desconhecido pelos "treinadores de plantão". O meio, mais técnico, deixa um pouco a desejar para quem, como eu, não pode ser considerado expert nem em finanças pessoais e domésticas. Não acho que o título tenha sido feliz, pelo menos minha expectativa foi maior. De qualquer forma, antes de começar as céleres discussões dominicais, leia Paulo Nogueira Batista Jr. para, pelo menos, ter alguém para criticar.

PS: procurei ao longo de toda a leitura desvendar o posicionamento político do autor. Declarado insucesso, posso declarar que nem todo pensamento ali registrado é de acordo. Mas fato é que somos uma nação poderosa, que não sabe aproveitar as oportunidades nem brigar pelo seu lugar.

Leonardo.Broinizi 31/03/2021

O Brasil na economia global.
Um economista que representou o Brasil durante sete anos no FMI e mais dois anos no banco do BRICS faz um relato apaixonado e pessoal sobre seus anos de atuação, e complementa o livro com textos publicados em jornais como O Globo, traçando sua visão sobre como o Brasil deve ser portar perante o mundo.

Ele deixa claro o seu viés político e o defende com unhas e dentes. É um economista nacional desenvolvimentista, alinhado a esquerda, um economista heterodoxo.

O livro tem tecnicidades em alguns momentos, mas no geral é um livro de fácil entendimento. O autor escreve bem, consegue até empolgar em alguns momentos em que relata estratégias e embates em reuniões pelo FMI e outros órgãos internacionais (o que é um grande feito: tornar burocracia empolgante!)

Ainda estou engatinhando em meus estudos autodidatas sobre economia, geopolítica e relações Internacionais e acho temerário ter opiniões mais enfáticas nessas áreas (que o livro abarca) por ora. Dito isto, o relato é importante e indico a todos que queiram ter acesso a visão privilegiada do autor sobre os anos recentes do Brasil no plano financeiro internacional.

Hostyn 27/09/2020

Essencial
Um excelente livro para quem quer entender como funcionam as instituições multilaterais, principalmente o FMI.

Almir 01/10/2020

O Brasil que dava certo
O livro vale para quem quer muito conhecer como funciona os bastidores do FMI, suas negociações e estratégias. Também nos causa uma certa nostalgia de um momento em que o Brasil era tratado como o que ele de fato é, uma das mais importantes nações do planeta, entre as maiores em economia, população e território.
Leia a resenha completa no link abaixo:

site: https://www.panoramicasocial.com.br/2020/09/resenha-o-brasil-nao-cabe-no-quintal-de-ninguem.html

Thaís 17/01/2021

Dois livros, duas histórias
O livro é dividido em partes, as primeiras consistem em um relato dos anos de trabalho no FMI e no Banco do BRICS. As demais, de um apanhado de ideias do autor. No fim, uma seção que reproduz artigos publicados em outros meios. Confesso que, de longe, a última foi a que mais me agradou. Talvez pelo tom mais debochado, como o próprio autor faz questão de exaltar. As primeiras também são interessantes para introduzir o leitor no mundo amplamente discutido e largamente desconhecido pelos "treinadores de plantão". O meio, mais técnico, deixa um pouco a desejar para quem, como eu, não pode ser considerado expert nem em finanças pessoais e domésticas. Não acho que o título tenha sido feliz, pelo menos minha expectativa foi maior. De qualquer forma, antes de começar as céleres discussões dominicais, leia Paulo Nogueira Batista Jr. para, pelo menos, ter alguém para criticar.

PS: procurei ao longo de toda a leitura desvendar o posicionamento político do autor. Declarado insucesso, posso declarar que nem todo pensamento ali registrado é de acordo. Mas fato é que somos uma nação poderosa, que não sabe aproveitar as oportunidades nem brigar pelo seu lugar.

Guilherme 09/05/2021

Falando sobre o FMI, BRICS, macroeconomia e geopolítica em geral o livro é muito interessante. Agora ao falar do Brasil é completamente alucinado, uma espécie de nacionalismo de elite na linha Joaquim Nabuco que já não tem a menor aderência à realidade, foram realmente momentos de leitura difícil. O autor é claramente um otimista irrestrito, tanto que hoje já cravou o fim do neoliberalismo com os planos do Biden, assim como fez o Bresser-Pereira. Parece que os naciocionalistas às vezes empolgam-se mais do que deveriam. Infelizmente a historia do Brasil dá cada vez mais razão ao "ornintorrinco" de Chico de Oliveira e à "sociedade fracassada" que tanto fala Paulo Arantes do que ao país do futuro e do projeto nacional-desenvolvimentista.
O livro também é muito bom satirizando economistas do Banco Central.

Zeantonio 25/11/2021

O autor apesar de seu background escreve um livro de escrita fácil e quase sem termos técnicos. Discordo da visão dele, mas os argumentos todos são válidos.

Arlete.Lety 08/08/2022

Interessante
Interessante conhecer os bastidores econômico e política brasileira aos olhos de um economista que representou o nosso país lá fora. Esclareceu fatos e boatos com muito humor e conhecimento.

RNA 12/11/2022

Maravilhoso
O livro é maravilhoso, o Paulo nos conta com detalhes como funciona o FMI por dentro, além de fazer um diagnóstico dos reais problemas da nossa política econômica, outro destaque do livro fica por conta da sinceridade do Paulo, enfim leitura mais que recomendada

Gabriel 31/05/2023

Dois livros dentro de um
O livro tem a primeira parte que fala sobre a experiência do autor no FMI e posteriormente no Novo Banco de Desenvolvimento. A segunda parte são uma série de crônicas publicadas ao longo dos últimos 20 anos.

Ao contrário das outras resenhas, eu ADOREI a primeira parte e ODIEI a segunda.

Achei muito mais interessante saber o funcionamento do FMI e os problemas de negociação (bem como no novo banco de desenvolvimento) e até senti falta dele contar como foi a experiência de negociação com o FMI na época de Sarney.

No entanto, a parte das crônicas são sofríveis. Não só são muito relacionadas com a época em que foram produzidas (o que perde um pouco seu impacto) algumas não tem estrutura bem definida nem um ponto de chegada.
Se fosse separar por essas partes, a primeira seria fácil um 9/10 e a segunda um 5/10. O balanço geral é positivo, mas fica a resolva sobre esse ponto.