Rbragab 09/01/2023
Depois dos acontecimentos do livro anterior, Apolo e Meg estão indo para o acampamento Júpiter para levar o corpo de Jason e cumprir a promessa de construir uma colina de templos em homenagem a todos os deuses.
Por ser um livro sobre/com semideuses obviamente as coisas não vão dar muito certo desde o começo, com perseguições e explosões, porque isso é que Apolo mais sofre nessa série.
Como já comentei em outras resenhas, a jornada de Apolo meio que está servindo como uma forma de reencontro com personagens das séries anteriores. E quem aparece dessa vez é Hazel, Frank e Reyna, além de introduzir uma nova personagem para ser a “cota” LGBTQI+ desse volume, e da participação de Ella e Tyson (o irmão ciclope do Percy).
sso é uma coisa muito interessante e importante nessa série. Como Apolo é um personagem bastante “fluido” em seus interesses românticos, fica ainda mais fácil para Rick Riordan dar espaço e protagonismo para personagens queers.
E o próprio Apolo/Lester já deu diversas diretas sobre seu interesse por personagens masculinos e femininos ao longo da história.
A Tumba do Tirano foi um certo desvio nos desafios de recuperar os oráculos de Apolo porque aqui o foco maior está em destruir o “rei zumbi” que atacou o acampamento Júpiter. Ao mesmo tempo, os personagens vão ter que lutar com as forças combinadas de Calígula e Cômodos.
Se você já leu algum livro do Rick Riordan sabe que a história gira em torno de um período de 5 a 7 dias corridos. E durante esse tempo, Apolo e seu time de “auxiliares” vão ter que cumprir algumas “sidequests” até enfrentar os desafios finais.
Aqui, Apolo tem que ajudar no funeral de Jason, invadir a tumba do rei zumbi para descobrir informações, libertar um deus silencioso, conseguir itens para uma poção de invocação de deuses, e por fim lutar contra os imperadores e impedir a invasão e destruição do acampamento.
O que me chamou a atenção aqui, e eu confesso que não tinha me marcado tanto nos livros anteriores, é o nível de violência que Rick Riordan acrescentou às batalhas.
Não me lembro de nos outros livros as lutas e os machucados serem tão descritivos e gráficos em alguns momentos. Tudo bem que os leitores de Riordan já podem ser mais maduros para conseguir lidar com esse tipo de cena, mas ainda assim, me marcou ao ponto de eu achar que estava “fora do padrão”.
De qualquer forma, eu preciso dizer que estou gostando mais do Apolo agora do que no começo da série. Ele realmente se desenvolveu como personagem ao longo dos livros, deixando de ser um deus mimado e pedante para assumir um lado mais humano e empático.
Em diversos momentos de A Tumba do Tirano ele é criticado por atitudes que teve em relação a seus amantes mortais. E o próprio Apolo se mortifica por todas as decisões egoístas e vingativas que tomou.
Apolo/Lester pode não ter o poder narrativo que Percy Jackson tem em seus livros, mas é definitivamente o melhor personagem de sua saga. A Meg é uma personagem que em muitos momentos é complicada de lidar, mas tem um espaço reservado no meu coração. É uma personagem que ja sofreu muito e tudo o que ela quer é descanso, tanto que ela fala para Apolo/Lester que quer ficar no acampamento meio sangue.