Luiza Helena (@balaiodebabados) 29/01/2020Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/A Tumba do Tirano já começa com um pesar na vida de Apolo e Meg. Nossos protagonistas estão levando de volta para o Acampamento Júpiter o corpo de um amigo querido cuja morte foi bem dolorida. Homenagens e luto feitos, agora eles têm de correr para se defender em mais uma batalha contra o Triunvirato.
A Tumba do Tirano tem muita cara de livro de transição e cumpre bem seu papel. Ele não tem tanta ação como o livro anterior, mas já vai preparando o terreno para o último livro, que se chamará The Tower of Nero - traduzindo, A Torre de Nero.
Desde o primeiro livro, Apolo vem confrontando alguns detalhes de seu passado com deus e tentando, de alguma forma, aprender alguma lição e não repetir seus erros. Entretanto, creio que aqui é o qual isso fica mais explícito. Durante a história, somos apresentados a vários detalhes do passado de Apolo, o mostrando como se porta um deus: egoísta, arrogante e sem se importar com as pessoas ao seu redor.
O lado bom da história (se é que existe um) é que Apolo realmente percebe o quanto ele era um deus embuste e escroto. Através de Apolo e suas atitudes passadas, Riordan fala sobre bullying, empatia, respeito e solidariedade. Com ajuda de Reyna e Meg, Apolo também percebe que seu esforço em mudar é recompensado por amizades e companheirismo nos lugares mais improváveis.
O cenário aqui é o nosso conhecido Acampamento Júpiter. Temos a volta de vários personagens queridos - como Frank, Hazel e Reyna -, assim como somos apresentados a novos personagens, que virão a ser bem importantes.
Algo que gosto muito no Riordan é o fato dele perceber as suas burradas e consertar, tirando sarro de si mesmo. Desde o livro anterior, através de seus personagens e da narração de Apolo, ele comenta o quão loucura foi o final tosco da série Os Heróis do Olimpo, principalmente em relação ao Leo.
Assim com todos os seus trabalhos, A Tumba do Tirano também é cheia de referências do mundo pop e é bem interessante ver como Riordan consegue inseri-las de forma engraçada e divertida. Como me alertou o Emerson, a referência a Vingadores com certeza foi um dos ápices da história.
Mas, mesmo que Riordan saiba como tirar sarro de si próprio e inserir referências, ele também sabe alertar os leitores de situações bizarramente bizarras. Gosto muito quando um autor ouve seus fãs - como o Riordan faz bastante -, mas sabe reconhecer que alguns pedidos são completamente sem noção e sem sentido. Dá vontade, hein @Sarah J Maas?
O final do livro não chega a ser tão impactante, mas deixa o gancho para o final desta nova série, com pistas do que podemos esperar em A Torre de Nero.
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