Izabela 21/10/2021
Não vou negar que eu estava enrolando para ler a continuação de These Witches Don't Burn (que eu amei), mas acho que comecei a me dar a desculpa de que era porque eu estava esperando o mês das bruxas para ler (e acabou rolando isso mesmo, rs). As desculpas acabaram e eu me joguei na leitura... e amei tanto quanto o primeiro. Acredito que tenha ajudado o fato de que fui com as expectativas bem baixas depois de ler algumas resenhas negativas por aí, mas, ainda assim, o livro entrega o que promete e fica na mesma vibe do primeiro. A história é leve e divertida até mesmo quando tenta se levar a sério. É um livro no melhor dos estilos dos filmes clássicos da sessão da tarde. Muito disso se deve ao fato de que a classificação indicativa dele é de doze anos (e tem isso escrito nele, ponto para a editora gringa), ou seja, a ideia aqui é ser mais leve mesmo. Ok, já deu para entender que é um livro brega e clichê (e isso já deixar claro meu próximo ponto) e que eu gostei demais, porque esse estilo é o meu favorito. Outra coisa importante de deixar claro aqui, é que estamos falando de uma continuação, ou seja, você pode considerar uma coisa ou outra como spoiler, por mais que eu tome muito cuidado com isso, quando se trata de uma continuação é meio complicado de evitar.
Hannah aprendeu muitas coisas nos últimos meses. As bruxas de sangue, por exemplo, não são todas terríveis, ainda mais considerando que estar ao lado de sua nova namorada sempre fazia muito bem para ela. Em segundo, os caçadores de bruxas estavam soltos por toda parte e prontos para tentar destruir os covens. E eles, ainda por cima, estavam estudando formas de derrubar grupos inteiros de bruxas de uma única vez. Os resultados das tentativas estavam sendo terríveis, uma vez que o que eles acreditavam ser um antídoto, era algo capaz de tirar todos os poderes das bruxas e, dependendo do caso, até mesmo algo pior. Isso tudo no meio de um ano letivo em que Hannah precisava correr atrás de muitas matérias e ainda lidar com o novo relacionamento. Sem esquecer de que ela estava vivendo um grande luto em sua vida, mas não sabendo lidar com todos os seus sentimentos e como aquilo afetava sua ligação com a magia elemental. Agora as bruxas precisam se juntar sem olhar sua origem. Os feiticeiros, os elementais e os de sangue precisam estar todos do mesmo lado. Eles precisam de planos e mais planos para descobrir como chegar na fonte, quase que literalmente, do problema dos caçadores. Para isso, os grandes mestres dos covens precisam contar com a última bruxa que conhecem que sobreviveu ao ataque de um caçador para contar história e que está disponível para ajudar, Hannah, é claro.
Uma das maiores reclamações que li, nas resenhas que comentei no começo, é que a Veronica não aparece muito. Ahhhhhhhh! É claro que não aparece, meu povo (inclusive, ela não está nem nas cartas da capa desse livro). Ela é a ex-namorada da personagem principal e foi fazer faculdade em outra cidade. Se ela ficasse sendo citada toda hora ficaria bem chato para a atual namorada de Hannah, a Morgan, e, até mesmo, daria a impressão de que o relacionamento não foi superado, o que não é verdade. Quando ela precisou aparecer, para ajudar a resolver todas as tretas que estavam rolando, ela apareceu e foi legal. Mas ela não era o foco, era a Hannah.
Falando na personagem principal, no vlog de leitura do livro (que sai em tempo real lá no canal do blog de todos os livros que eu leio), até comentei que ela está passando por uma fase Harry Potter aqui nesse livro. Aquela mania de achar que tudo gira em torno dela e de que todos fazem tudo por ela (o que no caso do HP até tem um fundo de verdade, mas aqui tem muito drama e trauma por trás também). Mas não é nada chato demais, é algo que faz parte da personalidade dela e, mais do que isso, que faz sentido com tudo que ela viveu nos últimos meses e tem vivido no momento. O que me lembra que até bruxas precisam de terapia, como bem vemos aqui. Mudando de assunto, por completo, a melhor amiga da personagem principal, Gemma, continua sendo uma ótima personagem que rouba a cena quando aparece. E a Morgan, que agora tem muito mais destaque, também tem ótimo comentários e é uma leitora que traz comentários fantásticos para a história (inclusive, citando Vermelho, Branco e Sangue Azul em um momento, rs). Antes que eu me esqueça, também adorei acompanhar a Alice, mais uma bruxa de sangue.
Em resumo, é um livro leve e com soluções fáceis, mas ainda assim, me surpreendeu com o final mais que o primeiro. Como comentei no começo, ele entrega o que promete e eu amo esse estilo levemente brega e clichê.
site: http://www.brincandodeescritora.com/