spoiler visualizarEmy 27/07/2024
Todos deveriam ler..
Você estaria disposto a abrir mão da sua individualidade em prol da felicidade absoluta? Estaria disposto a abrir mão da verdade para alcançar uma estabilidade perfeita? Afinal, de que serve a verdade se ela não nos trás a solução? Então, te convido a conhecer um Admirável Mundo Novo!
O livro de Audous Huxley nos propõe um mundo totalmente novo, onde o ser humano quebra as barreiras da desordem, da infelicidade, das guerras... mas qual será o preço de tal feito? Cabe a você julgar se valera a pena ou não. Cabe a você julgar ser uma utopia ou uma distopia, boa sorte.
A história de Bernanrd, Jonh, Lenina e Helmholtzs, nos trás uma reflexão necessária acerca do que significa diversos conceitos abstratos, e deixa conosco o trabalho de julgar, de acordo com nossas prioridades, o que é importante.. ao terminar de ler não consigo lhe dizer de que lado estou, e ficarei uns bons dias refletindo sobre...
"O Selvagem sacudiu a cabeça.
? Tudo isso me parece absolutamente horrível.
? Sem dúvida. A felicidade real sempre parece bastante sórdida em comparação com as supercompensações do sofrimento. E, por certo, a estabilidade não é, nem de longe, tão espetacular como a instabilidade. E o fato de se estar satisfeito nada tem da fascinação de uma boa luta contra a desgraça, nada do pitoresco de um combate contra a tentação, ou de uma derrota fatal sob os golpes da paixão ou da dúvida. A felicidade nunca é grandiosa."
"? Mas eu gosto dos inconvenientes.
? Nós, não. Preferimos fazer as coisas confortávelmente.
? Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.
? Em suma - disse Mustafá Mond - o senhor reclama o direito de ser infeliz.
? Pois bem, seja - retrucou o Selvagem em tom de desafio. - Eu reclamo o direito de ser infeliz.
? Sem falar no direito de ficar velho, feio e impotente; no direito de ter sífilis e câncer; no direito de não ter quase nada que comer; no direito de ter piolhos; no direito de viver com a apreensão constante do que poderá acontecer amanhã; no direito de contrair a febre tifóide; no direito de ser torturado por dores indizíveis de toda espécie.
Houve um longo silêncio.
? Eu os reclamo todos - disse finalmente o Selvagem.
Mustafá Mond encolheu os ombros.
? A vontade - respondeu."