Admirável Mundo Novo

Admirável Mundo Novo Aldous Huxley




Resenhas - Admirável Mundo Novo


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Guilherme Dehon 17/05/2024

Admirável Mundo Novo...
Fiz a "resenha", mas ao que parece, esqueci de salvar e nem me dei conta...

Sinopse

"Em uma sociedade organizada segundo princípios estritamente científicos, Bernard Marx, um psicólogo, sente-se inadequado quando se compara aos outros seres de sua casta.
Ao descobrir uma ?reserva histórica? que preserva costumes de uma sociedade anterior ? muito semelhante a do leitor ? Bernard vai perceber as diferenças entre este?mundo?e o seu ? e a partir de um sentimento de inconformismo, ele desafiará o?mundo..."
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alessandrakarlaleal 17/05/2024

Liberdade ou felicidade ?
Essa obra se trata de uma distopia, onde seres humanos são gerados através de máquinas,onde são controlados todas as suas características tanto físicas, genéticas e intelectuais, funcionando num sistema de castas, onde as castas mais baixas são gerados humanos gêmeos idênticos em dezenas ou até centenas, como se fosse uma pirâmide.

Uma sociedade perfeita onde as pessoas são criadas exatamente com um propósito e condicionadas a vivê-lo, com condicionamento desde a infância, inclusive no sono.

Na obra conhecemos Bernard, um homem de uma casta mais alta mas que o condicionamento não funcionou perfeitamente e ele vive com os dissabores de ser um dos poucos homens pensantes por conta própria.

Uma obra que nos faz refletir sobre vários temas, vale muito a pena a leitura.
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Marcel.Trocado 15/05/2024

ESTABILIDADE SOCIAL A TODO CUSTO

Embora seja utopia haver uma sociedade perfeita, algo bem próximo foi pensado em Admirável Mundo Novo, como uma máquina, a sociedade nesse romance é reproduzida a partir de embriões, reproduzidos em série, recebendo substâncias que irão determinar se o sujeito resultante será mais ou menos inteligente, o produto dessa reprodução terá uma função específica, ou seja, se melhor capacitado o indivíduo ocupará funções nas castas superiores, se menos capacitado desempenhará trabalhos subalternos. A partir dessa premissa nota-se que já é uma sociedade imperfeita na essência. A perfeição, na visão dos seus idealizadores, está em manter toda a estrutura de castas sem a menor chance, entre seus indivíduos, de subir ou descer entre essas mesmas castas, é o custo da estabilidade.

Para funcionar como uma máquina o "Mundo Novo" eliminou todas as formas de religião, arte e parentesco, não existe pais ou mães, pois todos são produzidos em série, a partir de manipulação genética, cada série é formada por dezenas/centenas de gêmeos. Não há questionamentos ou críticas sobre as estruturas sociais, uma vez que, desde criança, as pessoas são condicionadas (Pavlov) a comportamentos programados.

E assim, tudo andava maquinalmente em harmonia, até que um insatisfeito, chamado Bernard Marx, introduz na sua sociedade John, um "selvagem" das terras em que pessoas nascem naturalmente, com mãe e pai biológicos. John é visto como uma aberração, mas cria um fascínio estranho entre os habitantes civilizados do "Mundo Novo".

Neste contexto John será a reflexão do que é realmente humano.
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priscila.wenzel 15/05/2024

Gostei
Esse ano resolvi me desafiar e ler coisas diferentes, fora dos romances comund e esse livro me surpreendeu positivamente.

Gostei bastante e achei a história muito boa.
Com certeza recomendo ^^
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skuser02844 14/05/2024

Drogas, felicidade e o selvagem não é herói
Meu primeiro interesse real em Huxley não teve nada a ver com a sua obra. Sempre soube, pela sua biografia e fama, que ele seria uma etapa importante da literatura que eu inevitavelmente passaria, e gostaria. Mas o que me interessava em AH era o seu envolvimento com psicodélicos, sobretudo dos anos 40 a 60.

Huxley, como vários da época, parecia estar buscando nessas drogas algo como uma forma de religiosidade natural, bem coisa de hippie mesmo, mesmo que com um toque de ficção científica: uma droga para alcançar os deuses; como era para os astecas o teonanáctl (ou “carne dos deuses”), um pequeno cogumelo marrom recheado de psilocibina.

Com isso, é claro que o que mais chama a minha atenção durante a leitura é o fato de ele estruturar toda uma sociedade ao redor de uma droga, também um corpo (sôma, em grego, como vemos em “psicossomático”), mais aceito por uns do que por outros.

É claro que AH estava muito antenado no que acontecia ao seu redor lá pelos anos 20/30, por tudo que a gente vê de atual na sua narrativa. Tipo, uma sociedade condicionada desde a infância a girar a roda da dopamina em busca de gratificação instantânea, oiê geração do milênio, esta é você? Mas acho que o que tem de mais brutal nessa narrativa não é só o que ela critica e comenta sobre o mundo moderno (e pós-moderno, aparentemente).

A segunda metade do livro toda, na minha leitura, é uma discussão insolúvel (bem como a vemos representada no capítulo 18, na discussão entre o Selvagem e o Controlador) sobre a felicidade, ou felicidades, no plural. Felicidade pela compensação instantânea, do condicionamento; felicidade sintética, pela droga; felicidade de verdade, isso existe?; felicidade idealizada; felicidade inatingível; mas não só, também a felicidade por se encaixar, não se encaixar, a felicidade pela infelicidade, etc.

A felicidade é uma coisa do corpo ou da alma? Esta é uma das questões que o livro deixa no ar. Existe uma droga que nós possamos tomar para ficar feliz? Mas aí quem é feliz é o corpo ou a droga? Aí vem o soma, etimologicamente corpo e fantasticamente droga. Perfeito. E fica melhor: “Cristianismo sem lágrimas: isso é o soma”, ele é, ainda, a blasfêmia da religião engarrafada. Vai aí meio grama da carne dos deuses comprimida?

+++++

Não sei o quanto essa leitura está no livro ou em mim, mas também queria registrar que John, o Selvagem, não é herói nessa narrativa. Estar contra a distopia proposta por ela não o coloca nessa posição, pelo contrário, ele é vilão de si mesmo (e de todos ao seu redor) ao estar, bem como outros personagens, muito consciente de si, o que o torna completamente inconsciente do meio, o que o faz ser constantemente distinguido dos outros, o que o deixa ainda mais consciente de si. Ele nega o corpo três vezes: o soma, Lenina, e o seu próprio, e é isso que o coloca em parafuso neste retrato tão angustiante da era da ansiedade.
skuser02844 19/06/2024minha estante
Descobri só esses dias que Soma foi também uma bebida sagrada para os Vedas, de onde surgiram algumas tradições medicinais e religiosas da Índia. Pelo que vi, ninguém sabe exatamente de quê era feita essa bebida, mas diz-se que a palavra soma, neste caso, é sânscrito pra "destilar, extrair".

O Wikipédia também diz: Nos Vedas, a mesma palavra (soma) é usada para a bebida, a planta e sua divindade. Beber soma produz imortalidade (Amrita, Rigveda 8.48.3). Indra e Agni são retratados consumindo soma em grandes quantidades. Na ideologia védica, Indra bebia grandes quantidades de soma enquanto lutava contra o demônio serpente Vritra. O consumo de soma por seres humanos é bem atestado no ritual védico. O Soma Mandala do Rigveda é totalmente dedicado ao Soma Pavamana, e se concentra em um momento do ritual em que a planta é pressionada, coada, misturada com água e leite e despejada em recipientes. Essas ações são descritas como uma representação de uma variedade de coisas, incluindo um rei conquistando território, a jornada do Sol pelo cosmos ou um touro correndo para acasalar com vacas (representadas pelo leite). O mito mais importante acerca do Soma é sobre seu roubo. Nele, Soma foi originalmente mantido cativo em uma cidadela no céu pelo arqueiro K???nu. Um falcão roubou o Soma, escapando com sucesso de K???nu, e entregou-o a Manu, o primeiro sacrificador.

E no Bhagavad Gita ele é mencionado assim:

Aqueles que realizam ações (conforme descritas nos três Vedas), desejando o fruto dessas ações, e aqueles que bebem o suco da pura planta Soma, são limpos e purificados de seus pecados passados.

Aqueles que desejam o céu (a Morada do Senhor conhecida como Indralok) alcançam o céu e desfrutam de seus prazeres divinos adorando-me através da oferta de sacrifícios.




AndrA374 14/05/2024

Muito bom
?Admirável Mundo Novo?, de Aldous Huxley, é uma obra visionária que explora com perspicácia as consequências de uma sociedade rigidamente organizada pelo controle tecnológico e manipulação genética. A narrativa é envolvente e provoca reflexões profundas sobre liberdade, felicidade e humanidade. Huxley habilmente desdobra um futuro distópico onde a busca incessante pelo prazer e pela estabilidade apaga as nuances emocionais e culturais que definem o ser humano. Este clássico não apenas captura a imaginação, mas também serve como um alerta atemporal sobre os perigos de sacrificar a autonomia individual em nome de uma ordem supostamente perfeita.
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luanaszalves 13/05/2024

Gostei mas não foi favorito
Gostei bastante das críticas que o livro faz, e também acho que a historia do ?Selvagem? foi muito bem contada e explorada. A construção da distopia também me chamou muita atenção, bem detalhada e com aquela pitada de ?isso aqui pode acontecer no futuro?.
Sobre os plots e o desenvolvimento da história em si, não consegui me conectar tanto, achei um pouco arrastado e desinteressante. Além disso, alguns trechos do livro apresentam falas esquisitas e desconfortáveis que, mesmo levando em conta a mensagem que o autor queria passar e a época em que o livro foi publicado, ainda me deixaram desconfortáveis.
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Pammia 12/05/2024

Não rolou.
Eu devia ter levado a sério quando li no prefácio que o livro é ruim.
Começou ali legal, trazendo umas reflexões, mas aí se perdeu completamente.
Não me identifiquei com nenhum personagem, achei tudo raso.
Não recomendo.
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Raphaella.Saintclair 11/05/2024

Eu não tenho uma opinião formada sobre esse livro ainda,estou absorvendo tudo que li ainda,foi uma leitura bem difícil ,mas muito importante, o autor ele é muito a frente do seu tempo.
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Bia Cruz 08/05/2024

O autor conseguiu descrever a nossa sociedade atual, mesmo com o livro tendo sido escrito a muitos anos atrás. Muito bom
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Cica 07/05/2024

O começo é bem difícil e confuso, você só passa a entender como tudo funciona mais pra frente, mas eu gostei da forma como nos invade de questionamentos de forma muito rápida e persistente.
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