Admirável Mundo Novo

Admirável Mundo Novo Aldous Huxley




Resenhas - Admirável Mundo Novo


4269 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Gabirela1 01/11/2024

?
Comecei a ler pra prova de filosofia, não consegui chegar nem na página 100 antes da prova, fiz a prova sem ter lido o livro e recomecei a ler depois da prova
achei bem legal, só um pouquinho complicadinho de ler em algumas partes
mas gostei

recomendo
comentários(0)comente



Rebeca2288 01/11/2024

Um dos meus livros preferidos. É supostamente uma distopia, mas a cada dia maia tem se tornado um não-ficção. Chega a ser assustador!
comentários(0)comente



izzy 01/11/2024

Distopia muitk doida
Acho que essa é a distopia mais distopica que ja li.. nao sei explicar mas é esse meu raciocinio tipo
comentários(0)comente



DayanePrincipessa 01/11/2024

Um profeta
No meu ponto de vista o Aldous acertou boa parte do futuro, pois atualmente a sociedade está bem parecida com a do livro.
A depravação sexual é a mesma, as pessoas sentem que são livres ao terem quantos parceiros sexuais quiserem, essa ideologia foi disseminada não pela hipnopedia, mas por algo muito semelhante que foi a televisão, e após, os outros meios de comunicação.
Os filmes, novelas, comerciais, clipes etc. passavam a mensagem de que é bom ter relações sexuais com várias pessoas sem compromisso, que não há nenhum impecilho a isso.
O tal do “soma”, que era algo que inibia as emoções no livro, também podemos compará-lo aos antidepressivos, ou até mesmo às redes sociais, jogos online etc. que deixam as pessoas temporariamente anestesiadas, fora da realidade e viciadas.
A falta de raciocínio que as pessoas demonstram ter hoje em dia também é muito semelhante ao que ocorreu com os humanos do admirável mundo novo. São poucos os que remam contra o sistema, que refletem sobre o que está acontecendo, que conseguem enxergar que tudo o que a cultura nos induz a fazer não é bom para nós.
Se as pessoas conseguissem refletir e então escolher entre ter inúmeros parceiros sexuais, sem nenhum valor/afeto genuíno, ou ter uma única pessoa para se relacionar pela vida inteira, mas que haja amor, paz, fidelidade, o que escolheriam?
Se fossem capazes de pensar racionalmente acredito que escolheriam ter somente uma pessoa, mas estão incapazes de raciocinar.
A sociedade do admirável mundo novo tinha um objetivo, que era inibir a violência e o sofrimento das pessoas, o que de certa forma, deu certo em alguns aspectos, mas com isso, também perderam as coisas boas, como viver verdadeiramente e amar.
A nossa sociedade, porém, com toda essa doutrinação que foi imposta não teve nenhum objetivo bom, somente malignos. A cada década que passa colhemos os frutos da libertinagem sexual como: destruição das famílias, filhos indesejados que crescem sem amor e viram bandidos, viciados em drogas, suicidas, depressivos etc. Mulheres que se relacionam com vários homens e depois tem que cuidar e sustentar diversos filhos sozinhas. Homens que não podem mais construir suas próprias famílias, pois têm que sustentar filhos que tiveram de relações casuais, doenças sexualmente transmissíveis e solidão.
Sobre os personagens eu achei o Bernard um bebezão kkkkkkk, o autor me fez achar que ele seria alguma coisa na vida, mas não foi kkk Achei que ele tinha um caráter bem fraco, pois criticava os outros por serem depravados, mas logo que chegou a fama por causa do Selvagem ele se tornou igual. Também ele foi super covarde em alguns momentos, não gostei dele.
A Linda era muito fofa, ela sofreu um monte, mas ela tinha uma bondade e uma ternura, não entendia por que era recriminada do outro lado quando agia segundo sua doutrinação, fiquei triste com o fim dela.
A Lenina era outra coitada, a doutrinação acabou com a vida dela também, penso que ela era alguém com potencial de ser um ser humano bom.
O Selvagem era muito desequilibrado, coitado, esse precisava do soma kkkkkkkkkkkkkk. Ele tinha uma personalidade muito possessiva, tanto em relação a mãe, quanto depois com a Lenina.
Meu personagem favorito foi o Helmholtz, ele tinha um espírito muito elevado, pena que apareceu pouco. Achei incrível quando dão a sentença dele ter que viver isolado e ele quase que comemora e pede para lhe mandarem para um lugar frio para ele poder ficar escrevendo. s2
Eu achei o livro muito bom por conta das profecias que se cumpriram e tal, mas já aviso que justamente pela premissa de serem seres humanos sem emoções ficou difícil de se conectar aos personagens. Somente quando aparecem a Linda e o Selvagem é que começa a ficar mais interessante, antes disso, dá vontade de largar a leitura, por isso, seja resiliente.
comentários(0)comente



Marcelo 30/10/2024

Frustrante
Este livro foi decepcionante. Em que pese o fato do autor ser bastante criativo para narrar em detalhes a sociedade distópica, a leitura é extremamente cansativa. Em diversos momentos é visível um certo conservadorismo por parte do autor. Salva-se pelo diálogo entre o Selvagem e Mustapha Mond.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



alanwellington 29/10/2024

1984 ainda é minha distopia favorita
Um pouco confuso no início, mas vai melhorando. É um bom livro, tem momentos de reflexão incríveis, porém não achei tudo isso. Bom livro.
comentários(0)comente



Gustavo616 28/10/2024

Resenha: Admirável Mundo Novo
Escrita em 1931 pelo filósofo e ensaista britânico Aldous Huxley, a obra Admirável Mundo Novo é um presente para aqueles que pretendem desenvolver um pensamento crítico a respeito dos problemas que permeiam a sociedade moderna. O fato de ter sido redigida na primeira metade do século anterior não anula o brilhante trabalho feito por Huxley ao prever os obstáculos que viriam a ser enfrentados pela humanidade nos anos posteriores à sua morte.

Admirável Mundo Novo é um romance distópico futurista que se passa no século VII d.F (d.F = Depois de Ford. Sim, Henry Ford, aquele que criou a linha de produção). Se realizarmos os cálculos, veremos que isso equivale ao ano de 2540 d.C. se optarmos por utilizar nossa referência temporal "obsoleta". O autor nos traz o recorte de uma sociedade distópica onde o Governo Mundial dispõe de todas as artimanhas biotecnológicas disponíveis para manter a "civilização" em um estado "perfeito", que cuida de todos os cidadãos para que estes desfrutem de uma vida feliz, prazerosa e baseada nos 3 valores primordiais de Ford: Comunidade, Igualdade e Fraternidade.

Logo no prólogo, o autor instiga o leitor a refletir sobre a seguinte questão: O que é necessário para chegarmos em uma sociedade tão perfeita e estável como essa? Nesta pergunta simples, porém profunda, reside o cerne da crítica feita por Aldous Huxley. A partir daí, o leitor embarca em uma jornada repleta de questionamentos, descobertas e reflexões a respeito de como o Governo Mundial foi capaz de construir e manter essa Organização Social tão "perfeita".

Ironicamente, para usufruirem da vida perfeita oferecida por esse Novo Mundo, os seres humanos são controlados e manipulados desde o momento de que saem de suas Provetas-Mãe, sendo guiados por um processo de "amadurecimento reverso" durante toda a vida, onde o principal objetivo do Governo Mundial é manter seus cidadãos em um constante estado infantil, onde a busca por prazeres instantâneos surge como a principal forma do Governo atingir a tão valiosa Estabilidade. Segundo o Administrador Mundial, "quando os indivíduos estão felizes, não tem motivo para se revoltar ou para refletir sobre a realidade ao redor". Considerando esse cenário, para evitar rebeliões e revoltas, a "ração" diária de soma era dada diariamente para os cidadãos, mantendo-os nesse constante estado de felicidade ilusória e artificial.

A superficialidade permeia toda a sociedade de Admirável Mundo Novo. Falar palavras como "maternidade", "amor", "conhecimento", "inteligência", "sacrifício" e "Deus" em ambientes públicos configura um crime muito grave nesse cenário. Qualquer um que ouse se rebelar, questionando o funcionamento desta perfeita sociedade mergulhada em prazeres efêmeros, certamente estará fadado ao exílio.

Por coincidência, talvez, se olharmos para nossa sociedade atual, estamos chegando perto da perfeição de Admirável Mundo Novo. Quem diria que um dia, a perfeição seria algo tão temido.
comentários(0)comente



Beatriz3345 28/10/2024

Clássico da distopia
O ponto que eu mais gosto é como o autor escancara que sem as relações internacionais, principalmente as familiares, nossa sociedade não se diferencia e se torna mais horrenda e bizarra que uma sociedade não humana.
comentários(0)comente



mesquita1903 28/10/2024

O pesadelo da perfeição
Gosto muito do ditado ?a vida não é um morango?, e, nessa obra, o autor narra como nossa vida seria se ela fosse o oposto dessa frase.

Em Admirável Mundo Novo, o autor apresenta uma sociedade futurista onde as emoções humanas são reguladas, e as pessoas são condicionadas desde o nascimento a aceitar um papel predefinido na sociedade.

Arte, religião e ciência ainda existem, mas de um jeito diferente ? são apenas versões deturpadas daquilo que já foram.

Grandes emoções são podadas, dando espaço para troncos cheios de emoções pequenas. Um eterno ?bom?, sem espaço para os picos e vales que dão significado à nossa vida.

Li 1984 alguns meses atrás, e, enquanto Orwell retrata uma sociedade pautada no medo, Huxley toma um caminho diferente. Como seria se a sociedade fosse guiada pelo prazer? É isso que Admirável Mundo Novo aborda.

Dito isso, é um livro com uma narrativa dinâmica, irônica e reflexiva. Recomendo a leitura.
comentários(0)comente



Fabio.Nunes 28/10/2024

Distopia ou utopia?
Admirável mundo novo - Aldous Huxley
Editora: Biblioteca azul, 2022

Eis a melhor distopia que li até aqui (de longe!).

Huxley demonstra grande erudição e criatividade ao criar uma obra assustadoramente atual, talvez não soubesse o quanto de suas projeções seriam corroboradas pela realidade e olha que essa obra foi publicada em 1932!).
O mais apavorante é ler esse livro e se sentir seduzido por essa sociedade distópica – que para muitos deveria ser chamada de utópica.

COMUNIDADE, IDENTIDADE, ESTABILIDADE.

Estes são os motes do governo mundial.

Uma sociedade de castas formada por indivíduos geneticamente selecionados, gerados in vitro, e fortemente condicionados psicologicamente; onde cada pessoa ‘nasce’ adestrada a se sentir plenamente satisfeita em sua classe social e suas funções.

“Esse é o segredo da felicidade e da virtude: gostar do que se tem de fazer. Todo condicionamento tem este objetivo: fazer as pessoas gostarem de seu destino social e inescapável.”

Uma sociedade que tem o consumismo como fonte de geração de renda e estabilidade, onde o velho é descartado para que o novo seja adquirido.

“As prímulas e as paisagens, assinalou, têm um defeito grave: são gratuitas. O amor à natureza não mantém as fábricas ocupadas.”

“Imagine a loucura de permitir que as pessoas participassem de jogos elaborados que não fazem absolutamente nada para aumentar o consumo. É loucura.”

“É melhor se livrar que consertar. Quanto mais remendo, menos riqueza;”

Acima de tudo, esta é uma sociedade baseada no princípio do prazer como sinônimo de felicidade, em que o tempo entre o desejo e sua realização é o menor possível. Nela, existe o soma, a droga perfeita: que gera o prazer, sem causar efeitos colaterais e possui os melhores efeitos possíveis no cérebro – funcionando como férias da realidade, caso seja necessário.
Essa é uma comunidade onde os horrores da velhice, da dor e da morte foram mitigados, e onde não há espaço para religião, ciência, arte, monogamia, amores. Todos pertencem a todos, numa alegoria do amor livre e descompromissado.

“Algum de vocês já foi obrigado a viver por um longo intervalo de tempo entre a consciência de um desejo e sua realização?”

“Família, monogamia, romance. Exclusividade em toda parte, uma canalização estreita de impulso e energia.”

“Porque nosso mundo não é igual ao mundo de Otelo. Você não pode fazer calhambeques sem aço... e não pode fazer tragédias sem instabilidade social. O mundo agora é estável. As pessoas estão felizes; elas conseguem o que querem e nunca querem o que não podem obter. Estão bem de vida; estão seguras; nunca ficam doentes; não têm medo da morte; são abençoadamente ignorantes de coisas como paixão e velhice; não são atormentadas por mães ou pais; não tem esposas, filhos ou amantes com os quais se emocionar fortemente; estão tão condicionadas que praticamente não conseguem deixar de se comportar como deveriam. E se alguma coisa der errado, temos o soma.”

Embora seja uma sociedade secular, há a divinização da figura de Ford, invocado como uma espécie de Deus (claramente uma sátira do autor).

Quantos pontos em comum com nossa realidade, não?

Esta é uma obra cheia de anti-heróis. Lenina é a mulher condicionada-padrão, importante no desenrolar da trama, mas que não gera empatia – a não ser nos momentos em que sofre. Bernard é aquele que nos engana ao parecer ser o diferente, o elemento disruptivo dessa sociedade, mas se mostra uma crítica de Huxley ao crítico social hipócrita, que só busca sua própria afirmação, sem de fato abrir mão de seu conforto ou de seus privilégios. Mustapha Mond, o controlador mundial, é a personagem mais consciente, mas que abandona sua própria consciência em nome da estabilidade social. Seu contraponto é Jonh, o selvagem, aquele que deveria representar a humanidade tal qual conhecemos e que, sutilmente e genialmente, Huxley apresenta como outra personagem fortemente condicionada por sua religiosidade puritana e seu meio social (basicamente um bobão que só decorou frases de Shakespeare e de rituais religiosos de seu povo – apenas um outro repetidor).

Leiam e releiam o capítulo 16, onde Jonh e Mustapha têm um profundo diálogo – aquilo é puro ouro.

Deixando de lado o desenrolar da tragédia, este é o tipo de livro que todos deveriam ler para refletir sobre si mesmo e nossa sociedade.

Vamos começar pela pergunta fundamental: o que você acha mais eficaz – o controle pelo medo ou o controle pelo prazer? Huxley claramente responde esta questão, embora deixe muitas outras perguntas em aberto para o leitor. Essa tal felicidade pelo prazer é o que define o controle social perfeito: pessoas satisfeitas não fazem revoluções, não queimam ônibus e não xingam no twitter. E caso fiquem propensas e abandonarem seus condicionamentos, há sempre a droga da felicidade socialmente aceita: o soma.

Vejam o que o próprio autor escreveu a George Orwell:

“Na próxima geração, acredito que os governantes do mundo descobrirão que o condicionamento infantil e a narco-hipnose são mais eficientes, como instrumentos de governo, que clubes e prisões, e que o desejo de poder pode ser tão completamente satisfeito sugerindo-se às pessoas que amem sua servidão quanto se elas fossem forçadas a obedecer na base de chicotes e pontapés.”

Num mundo do self made man, na sociedade de consumo contemporânea, nessa nossa sociedade do cansaço, onde o indivíduo vive explorado por si mesmo, defendendo o ponto de vista de quem empunha o chicote, acredito que Huxley acertou em cheio.

"Seu condicionamento estabeleceu trilhos ao longo dos quais ele deve correr. Ele não consegue evitar; está condenado a isso. Mesmo após a decantação ele ainda está dentro de uma garrafa: uma garrafa invisível de fixações infantis e embrionárias. Cada um de nós, é claro (...), passa a vida dentro de uma garrafa."

"Mas quando se começava a admitir explicações em termos de finalidade... bem, não se sabia qual poderia ser o resultado. Era o tipo de ideia que poderia facilmente descondicionar as mentes mais instáveis entre as castas superiores: fazê-las perder a fé na felicidade como o Bem Soberano e passar a acreditar, em vez disso, que o objetivo estaria em algum lugar além, em algum lugar fora da esfera humana atual, que o propósito da vida não era a manutenção do bem-estar, mas alguma intensificação e refinamento da consciência, alguma ampliação do conhecimento. O que era, refletiu o controlador, possivelmente verdade. Mas não, nas presentes circunstâncias, admissível."
(...)
"Que divertido seria, pensou ele, se não tivéssemos que pensar na felicidade!"


Terminada a leitura, há algumas perguntas, cujas respostas nos são essenciais:

- Felicidade seria algo intrínseco apenas à realização dos prazeres sensoriais? Seria apenas o bem-estar material?

- Onde haveria liberdade numa sociedade em que os indivíduos são condicionados e controlados pela realização imediata de seus desejos?

- Poderiam eles escolher não ter prazer? E, sendo condicionados a tal, por que motivos o fariam?

- Ser livre desse tipo de controle não seria de certa forma abraçar a vida em sua totalidade, inclusive a infelicidade, a dúvida, o medo e o desamor?

- Liberdade, portanto, não seria sinônimo de consciência?

“- Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero poesia, quero perigo real, quero Liberdade, quero bondade. Eu quero o pecado.
- Na verdade - disse Mustapha Mond -, você está reivindicando o direito de ser infeliz.
- Tudo bem então - o selvagem disse, desafiador. - Estou reivindicando o direito de ser infeliz.”

Esse livro vai ficar na minha cabeça por muito tempo ainda.

"_ Por que não dá a eles esses livros sobre Deus?
_ Pela mesma razão por que não lhes damos Otelo: eles são velhos, são sobre Deus há centenas de anos. Não sobre Deus agora.
_ Mas Deus não muda.
_ Os homens mudam.
_ Que diferença isso faz?
_ Toda a diferença do mundo."
DebsLendo 28/10/2024minha estante
uau!! ok... passou da prateleira pra lista de 2025 ?


Fabio.Nunes 29/10/2024minha estante
Vá sem medo, debs!




spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Joao366 25/10/2024minha estante
Esse livro é bem antigo. Não tem mais spoiler!!




Sabrina 24/10/2024

Uma obra escrita em 1932 mas com muitas similaridades com a realidade em que vivemos. É uma distopia carregada de crítica política a regimes totalitários, eugenistas, que se passa numa sociedade que é condicionada a tarefas específicas conforme a casta a qual pertence, onde as pessoas são felizes com seus destinos infelizes e limitados, suprimidas de qualquer tipo de arte, cultura e desprovidos de sentimentos nobres de forma a não contestarem seus destinos. Em isolamento total vivem os ?selvagens?, pessoas que são capazes de sofrer, adoecer, envelhecer, se compadecer - que ultrapassado isso né? me fez refletir sobre a sociedade atual e as vidas perfeitas de internet, os corpos e as bocas iguais do padrão estético obrigatório e a alienação, o entendimento de cultura como futilidade, o governo manipulando a população e exercendo controle social. Qualquer semelhança? e sim, preciso ler Shakespeare urgentemente!
comentários(0)comente



elieltoncastr_ 24/10/2024

"Oh, admirável mundo novo, que encerra criaturas tais!"
É muito perturbador quando realidades alternativas da ficção se aproximam em algum nível da nossa realidade. Suprimir/destruir coisas ? e digo "coisas" na tentativa de abarcar não só aquilo ligado ao mundo externo, mas também (ou, sobretudo) ao interno ? que na verdade nos faz humanos não poderia corresponder menos aos tempos atuais.
Em AMN, vemos a importância de elementos como lei e ordem, de não se relativizar "coisas", assim como vemos a importância da cultura, das relações e até mesmo daquilo que é por vezes banal. Sem tudo isso, perdemos nossa complexidade, e então adentramos ao Admirável mundo novo, onde os personagens são pouco mais que robôs. Sentem, pensam, falam, agem, mas só à medida que correspondem ao que são programados a fazer. Nesse lugar, o Selvagem, que se agarra à Shakespeare para experimentar o sublime, só poderia ser visto como o louco, o inferior, o divergente. A passagem seguinte é o ponto alto do livro:
"? Mas eu gosto dos inconvenientes.
? Nós, não. Preferimos fazer as coisas confortavelmente.
? Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.
? Em suma ? disse Mustafá Mond ?, o senhor reclama o direito de ser infeliz.
? Pois bem, seja ? retrucou o Selvagem em tom de desafio. ? Eu reclamo o direito de ser infeliz."
comentários(0)comente



4269 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |