Danny 18/07/2021
O mundo distópico criado por Aldous Huxley no livro, se baseou no modelo de produção fordiano. Que idolatrado como o fundador do mundo deles. Nesse mundo os humanos não se reproduzem entre si, a espécie é reproduzida em larga escala in vitro. Cada grupo de humanos pertence a uma casta, divididas conforme os algarismos gregos (alpha, beta, gama, ypsilon, etc). Quanto mais alta a casta, mais habilidosos e inteligentes são os humanos e mais valorizada é sua função na sociedade, sendo assim durante a produção desses humanos in vitro recebem mais estímulos e alimentos para se desenvolver e o contrário acontece com as castas inferiores. E após os humanos formados, durante seu crescimento cada lote da espécie gerado é submetido a lavagens cerebrais que vão moldar seu caráter, o amor e felicidade com o sistema fordiano.
Nesse mundo, todas as pessoas são importantes para a sociedade e estão felizes com suas funções e suas castas, pois foram condicionadas a isso. Sem a necessidade de reproduzir a espécie, ninguém pertence a ninguém, casamentos são desnecessários, ter vários parceiros sexuais é o objetivo. E se em algum momento se sentir para baixo, basta beber soma, a bebida da felicidade. E consumir, sempre consumir! Quanto mais melhor.
O começo do livro você não sabe quem é o personagem principal, começa com uma excursão pelo pelo centro de reprodução onde vamos aprender como funciona o mundo de admirável mundo novo e como funciona a reprodução. A partir daí somos apresentados a Bernard e a Lenina e os dois vão embarcar numa viagem ao velho mundo, um mundo que não conhece o fordismo e vive de forma primitiva, são selvagens que se reproduzem entre si e idolatram deuses. Esse selvagem acaba indo pro novo mundo com Bernard e Lenina e vira atração na cidade e seus modos e pensamentos peculiares fazem Bernard questionar o conceito de liberdade.
Eu amei o livro, simplesmente original e eu me diverti bastante com o ‘’selvagem”. Eu só fiquei com um questionamento quanto ao mundo, onde as pessoas eram produzidas em larga escala, tipo 97 pessoas idênticas, mesmo DNA, mesma aparência. O crime deveria ser inexistente nesse mundo, porque seria impossível determinar com 100% de acurácia a verdadeira identidade do criminoso ou da vítima.