Sexagenário, ex-diplomata aposentado, o conselheiro Aires faz um relato do cotidiano na Corte carioca dos anos de 1888 e 1889. Registrando reflexões sobre fatos e pessoas com as quais conviveu, tece impressões sobre o amor desinteressado, a fidelidade de sentimentos e a espontaneidade da amizade. Derradeira narrativa de um dos mestres da literatura brasileira, este livro apresenta uma reflexão de Machado de Assis sobre a própria obra, revelando a sólida consistência de seu estilo irônico e a atualidade de sua visão de mundo. De acordo com o crítico literário Alfredo Bosi, que escreveu a apresentação do livro, "O reconhecimento e a aceitação dos labirintos sem fim que os homens têm construído para disfarçar a sua reiterada situação de carência, desejo e medo parece ser a lição última do Memorial de Aires. "
Literatura Brasileira / Ficção / Romance