Esta é uma obra de amor e de paciência. Uma única mocinha, sua história, sua luta, seu esforço, seu drama. E a história de seu tratamento. Quem escreve este livro não é Madame Sechephaye, ou antes, não é só ela. É principalmente Renée, sua cliente temporariamente transformada em sua filha ou - como escreveria Renée entre aspas - sua "filha".
Através da história de Renée, chega-se a compreender melhor que a esquizofrenia consiste justamente numa dissociação entre a afetividade, profundamente perturbada pela perda do contato com a vida, e a inteligência, que permanece intacta e, tal como numa câmara de cinema, registra tudo o que passa diante dela.