A forma de se expressar dos nordestinos, em particular dos pernambucanos, matutos do agreste, sertão e zona da mata, além dos que vivem na capital, tem, por vezes, característica de um dialeto.
A adoção da língua portuguesa como língua de cultura, transplantada para o Brasil pelo colonizadores portugueses, não conseguiu abranger e traduzir fielmente os sentimentos e costumes arraigados a cada região do país.
O pernambuquês retrata a maneira simples, rústica e forte de viver dos pernambucanos, e, o que a princípio pode parecer falar errado, nada mais é do que uma forma pura e correta de se comunicar.
Para Distrair o Leitor e Servir Como Bafunga
Trilhas: Como Agir, no Linguajar de um Nordestino
Se vosmecê não é da região, não fique cabreiro, visse! Mas se é da terra, peleje, saculeje, futrique o tutano. Se avexe para entender histórias de trilhas, sem lorota. Da Costa Dourada, rodage supimpa de Recife a Maceió.
Pru mode não se empaiar, não vá com um carro peba, fulero. Leve gorro, pisante, roscofe, trincha e encafue a riúna. Junte os teréns na trouxa e bote rudilha no quengo. Pendure no gogó a berimbela amarrada no trancelim.
Bote roupa fubenta, amarrotada, vá malabanhado. Dispianque encangado com um pé quebrado esprivitado. Pode ser cabaço ou quenga reboculosa e estar de paquete, sem ser nó cego, luxenta, alfenim, nem encrespar.
Tendo o xodó secura, xumbregue e derrube no fudedor. Se estiver solteiro, vascuie as sirigaitas nas sipitingas. Escolha potranca reboculosa, dando inveja a marmota. Faça bafunga e munganga dela ficar zaroia e ter pilora.
O cabra tem que ser acochado, aloprado, não farrapar.