O modernismo foi a racionalização da impudência sexual. Todas as descobertas culturais ou intelectuais da modernidade estavam de algum modo ligadas aos desejos sexuais que seus progenitores sabiam ser ilícitos, mas que não deixaram de praticar. Suas teorias, em última instância, eram racionalizações das escolhas que sabiam ser erradas.
Graças à franqueza acarretada pela revolução sexual, hoje se pode concluir que a melhor explicação para as teorias da modernidade vem dos detalhes biográficos de seus proponentes. Dada a natureza da vida que tiveram, também é possível entender por que estavam tão interessados em transmutar tudo em abstrações. As vidas dos modernistas são, portanto, uma prova incrível do poder e do alcance da lei moral. “Todos que vos abandonam”, disse Santo Agostinho em suas Confissões, “e se erguem contra vós, somente vos copiam de forma perversa”. Santo Agostinho fala de Deus e daqueles que o rejeitaram em seu tempo; contudo, suas palavras se aplicam perfeitamente à lei moral e àqueles que a rejeitam em nosso tempo.
Filosofia / História / Política / Psicologia / Religião e Espiritualidade / Sociologia