Nietzsche 170

Nietzsche 170 Ana Carolina da Costa e Fonseca


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Nietzsche 170





Nietzsche nasceu em Röcken, uma pequena cidade no interior da Alemanha, em 15 de outubro de 1844, e faleceu em 25 de agosto de 1900, em Weimar, onde se localiza o Nietzsche-Archiv, que abriga os manuscritos e desenvolve pesquisas sobre a obra do filósofo. Apesar de ter vivido 55 anos, sua vida produtiva terminou em 3 de janeiro de 1889, com 44 anos, quando teve uma crise em Turim, na Itália. Durante quase vinte anos, foi um escritor profícuo, que mudou radicalmente a maneira como perguntas filosóficas são feitas; Nietzsche substitui perguntas sobre o conteúdo dos conceitos por perguntas sobre a motivação para a criação dos conceitos. Inspirado por Schopenhauer, fascinado pelos gregos antigos, crítico da cultura moderna, admirador da música de Richard Wagner, influenciador de Foucault e Deleuze, Nietzsche nos oferece um novo método de investigação filosófica orientado tanto por um tipo de esclarecimento – na noção de além-do-homem – quanto por uma grande razão: o corpo, a corporeidade, a saúde, a fisiologia e a psicologia.
A organização deste livro envolve uma feliz coincidência a respeito de como a filosofia de Nietzsche nos inspira. Mostrei ao Felipe o artigo sobre a influência da doença de Nietzsche na sua obra. Como resposta, ele me enviou um artigo que o Clademir havia escrito sobre as doenças de Nietzsche. No final, Clademir nos instiga a refletir sobre o que eu me propusera a discutir. Ele acabara de enviar um artigo inédito para nosso livro, quando li o artigo que parecia escrito para ser publicado antes do meu. Decidimos, então, publicar do Clademir também este artigo. Eis a história que explica uma escolha editorial pouco convencional.
Da mesma forma, é necessário destacar a importância de Roberto Schmitt-Prym, um leitor voraz, um editor generoso e, como diretor de um dos museus mais visitados de Porto Alegre, alguém que reconhece a importância das datas comemorativas. Em 2104, comemoram-se 170 anos do nascimento de Nietzsche. E Roberto nos convidou para organizar o livro que ora publicamos. A perspicácia de Roberto e o fascínio de Nietzsche nos motivou a rever a obra do autor e a oferecer esta singela coletânea, que é mera sombra do viajante a partir de quem pensamos. Escrever sobre Nietzsche tem o ônus de fazer com que qualquer texto pareça pouco frente à beleza e à intensidade de seus livros. Aceitamos o ônus para comemorar o nascimento de quem tanto nos inspira.
Aos autores desse livro, Clademir Luís Araldi, Carlos Estellita-Lins, Federico Testa, Moysés Pinto Neto e Norman Madarasz, agradecemos a colaboração, o interesse e o esforço para o envio dos capítulos, os quais denotam e fundamentam a qualidade dessa homenagem. Além disso, as abordagens se direcionam tanto para iniciantes na leitura de Nietzsche como para iniciados, aprofundando noções e perspectivas pertinentes à uma interpretação contemporânea da obra nietzscheana.
Por fim, informamos o leitor que optamos por não utilizar apenas um critério de citação da obra de Nietzsche, deixando a cada autor a escolha das regras que lhes parecem mais convenientes. Além disso, alguns autores usam as regras de acentuação antigas e outros as novas. Como ambas ainda são igualmente válidas, respeitamos as escolhas dos autores também em relação a tais convenções.

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