The Day of Timestop (1960) -- Philip José Farmer é um dos grandes autores de ficção-científica dos tempos actuais. Controverso por vezes, mas sempre brilhante, a ele se deve, entre outras obras célebres, a surpreendente série Riverworld, que a Colecção Argonauta tem vindo a publicar.
O Dia em Que o Tempo Parou (na versão originalThe Day of Timestop) é uma obra invulgar. Referindo-se a ela, Sam Moskowitz disse tratar-se de "uma história vibrante, de espionagem, situada no futuro e comparável a 1984". Sem dúvida, um tema estranho, mas composto numa história como só Philip José Farmer sabe contar:
O Dr. Leif Barker amaldiçoava o "Corpo da Guerra Fria" e a sua ideia de "células", onde um homem não fazia a mínima ideia do seu plano geral e trabalhava no escuro para apenas cumprir a sua missão particular. Ali estava ele, um coronel do CGF da República de March, originador da conspiração que provavelmente enviaria a União de Haijac para o reino do esquecimento. E no entanto, não lhe era permitido conhecer mais do que uma centelha do mecanismo da sua própria campanha!
Era o preço que tinha que pagar por trabalhar no meio do inimigo. Se ele permitisse que os superiores o pusessem atrás de uma secretária em Marsey, poderia observar a guerra no seu todo; seria ele quem a dirigiria. Mas insistira em trabalhar em Paris, que era onde se centrava o perigo.
Esses pensamentos vagueavam pelo seu espírito, enquanto passava as mãos pela carne daquela mulher, outrora firme e vibrante. Os raios X tinham-lhe indicado qualquer coisa muito estranha; qualquer coisa que podia estar ou não ligada com o "Projecto Traça e Ferrugem". Fosse como fosse, queria descobrir o que eram os estranhos objectos detectados no corpo de Halla Dannto.
E tinha de trabalhar depressa - "antes que o tempo parasse"..
Ficção científica / Suspense e Mistério / Aventura / Romance