Exame crítico das credenciais morais e da capacidade de julgamento com que os intelectuais se permitem dar conselhos a humanidade.
Quem são os intelectuais ? Paul Johnson os vê como um fenômeno surgido no final do século XVIII: são pensadores seculares que sucederam aos padres, escribas e adivinhos que, em épocas de maior religiosidade haviam guiado a sociedade. Os intelectuais, contudo, não são nem servos nem intérpretes dos deuses; são seus substitutos, afirmando a própria capacidade de diagnosticar as doenças da sociedade e curá-las com seu intelecto auto-suficiente. A humanidade, seguindo os preceitos que eles ditavam, seria transformada para melhor em sua essência.
Este livro provocativo propõe-se a examinar as credenciais morais e a capacidade de julgamento com que esses intelectuais se permitem dar conselhos à humanidade. De onde partiram para chegar as suas conclusões ? Com que cuidado examinaram os fatos ? Até que ponto respeitaram a verdade ? Como punham em prática em suas vidas íntimas os princípios públicos que defendiam ? Qual sua atitude em relação ao dinheiro ? Como tratavam seus cônjuges e filhos - fossem ou não legítimos ? Até que ponto eram leais com os amigos ?
Essas perguntas são feitas com relação a uma série de casos específicos. Rousseau, Shelley, Marx, Ibsen, Tolstói, Hemingway, Bertrand Russell, Brecht, Sartre, Edmund Wilson, Victor Gollancz, Lilliam Hellman, Cyril Connolly, Norman Mailer, James Baldwin, Kenneth Tynan e outros revelam-se, em retratos incisivos, intelectuais ao mesmo tempo brilhantes e contraditórios, sedutores e perigosos.