Remo era uma cidade tranqüila até aquela manhã. A descoberta do corpo de um garoto numa velha serralheria, mutilado, exposto como num altar de magia negra, aparentemente violentado, revolve as cinzas de velhas lembranças sepultadas. Alonso Fraga, comandando um pequeno jornal local, passeia por essas lembranças, sendo protagonista de histórias macabras da própria infância que confundem-se de maneira perturbadora com o acontecimentos. Enquanto isso, alimenta uma paixão fantasiosa por sua vizinha Beatriz, cujo casamento parece ruir em cacos, rápida e mortalmente. À medida que novos assassinatos são descobertos, a cidade mergulha numa soturna condição de embriaguez e perplexidade. O criminoso, que antes parecia circundar Remo como um carniceiro covarde, entra em seus limites, circula por suas ruas, invade seus quintais. E pode estar dentro de suas paredes a qualquer instante. De repente, parece não haver mais tempo para que o quebra-cabeças de lembranças e símbolos desarranjados seja resolvido.