Intelectuais e artistas passam constantemente por tensões em relação à prática política, vivendo o impasse de seu posicionamento na sociedade. Voltando-se para o exemplo de seu país, Beatriz Sarlo lança indagações acerca das possibilidades de futuro a partir de um presente massacrado pelo passado. A figura do intelectual crítico reaparece como condição para balanço e revisão de posições políticas, em especial àquela da esquerda revolucionária. A autora percorre nos artigos deste livro acontecimentos como o Holocausto e a Guerra do Golfo, ao lado da experiência traumática de ditadura militar na Argentina, de forma a refletir sobre questões caras à compreensão das sociedades modernas, tal como a hegemonia dos meios de comunicação de massa, o problema da dessacralização da política e, principalmente, o lugar do intelectual na sociedade. Os questionamentos que propõe permanecem em aberto, demonstrando a vitalidade desse debate teórico na atualidade.
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