spoiler visualizardanabe 01/02/2024
Acho que quem é o estranho é o leitor que observa de longe
Uma releitura de outra releitura e outra releitura, sempre pego Estranho à Beira-Mar para reler depois de algum manga depreciante que acabei colocando muitas expectativas e foi uma grande desgraça (um exemplo catastrófico de Professor Yukimura e Kei).
desse mesmo jeito fico com o mesmo gostinho da primeira vez, aquela delícia avassaladora sobre descobrimento e desejo que nos fazem, muitas vezes, idiotas dentro da nossa cabeça. como podemos lidar com aquilo que queremos e não entedemos o suficiente para descrever e interpretar? tudo é dessa maneira nesse vislumbre deslumbrante do Mio e do Shun. não dá para não sentir e vivenciar os medos de um passado de prisão e desespero do Shun enquanto Mio está bem ali na sua frente e sempre tão recíproco.
é suave, uma leitura muito necessária para pessoas que gostam de viajar em imagens e palavras. o traço é tão aconchegante, as falas são convidativas e eles vão crescendo aos poucos com eles mesmos, percebendo que ações às vezes podem ser apenas ações.
as cenas de troca de carinho foram criadas com tamanha genialidade que o novo, mesmo não tão novo assim para um dos dois, foi algo puro, quente e sentimental. o final dá um gostinho de quero mais que fica para imaginação, mesmo que tenhamos a continuação, você sente que não importa o que possa acontecer esses dois irão estar um perto do outro, sendo um para o outro.