Ste 05/03/2024
Essa leitura foi uma montanha-russa e eu vou sim fazer um textão que ninguém pediu.
Sem querer comparar mas já comparando, eu tinha acabado de terminar Shutline que segue o mesmo plot de máfia e me prendeu desde o início, então logo de cara eu já tive uma quebra de expectativa.
Dangerous Convenience Store tem esse background tecnicamente pesado, mas o protagonista (não tem santo que me faça decorar o nome dele) é um bebê, um flan de baunilha da Danette com cheirinho de Johnson's Baby, e como a história é contada pelo pov dele, esquece a parte do pesado, isso aqui é uma comédia romântica agora. Não que isso seja ruim ou faça do protagonista superficial, até porque ele é bastante reflexivo e relatable como um bom jovem-adulto proletário e estudante, mas acaba que a autora deixa de desenvolver esse background pra focar no romance. Quem acabou como superficial boa parte da história é o pobi do ahjussi, que não foi tão desenvolvido porque é mais fácil ser taxado de quietão, entende?
Minhas críticas não são sobre a história em si ou sobre os personagens, mas sim sobre algumas escolhas da autora. De início o timing das panels tava bem ruim, e quando rolou o primeiro smut eu fiquei sem reação porque achei muito do nada, sem química, mas aí as coisas começaram a melhorar bastante no final da primeira temporada.
A segunda temporada me pegou bastante porque eles são um casal saudável, o ahjussi é brutalmente honesto e os extras no pov dele foi a coisa mais linda (o cara é quietão mas tem o Kafka romântico dentro dele), mas aí, como tudo que é bom dura pouco, a autora me mete um miscommunication no meio, e nessa casa não entra miscommunication.
[Spoilers e reclamações] Eu odiei essa separação deles por 3 anos, completamente desnecessário. Tudo bem que serviu pro neném aí amadurecer, mas o coitado tava no fundo do poço. O que mais doeu foi esse namoro m*rd@ que ele tava, porque ele claramente tava se punindo com um cara que não oferecia nem o mínimo. Não tem explicação o ahjussi ter simplesmente sumido do mapa todo esse tempo, era só a autora querendo infligir danos psicológicos nos leitores (e conseguiu). Eu considerei dropar a leitura de tanta raiva que eu fiquei quando o flanzinho de baunilha falou que ia voltar pro namorado traste dele, mas graças a Deus a autora botou a mão na consciência e parou com essa pataquada aí.
ENFIM, fiquei bem feliz com o final, eles merecem tudo de bom e principalmente lubrificante, porque Deus tenha misericórdia, não tem um dia de descanso. Não foi minha leitura favorita das últimas semanas, mas valeu a pena pra passar o tempo.