Camille.Pezzino 22/12/2021
RESENHA #190: POR QUE UM PAPAGAIO?
Quem nunca quis desbravar o mundo ou descobrir um tesouro? Em tempos de crise econômica e pandemia, essas opções parecem ainda mais fantásticas. E se você puder lutar por um sistema que acredita ser cheio de injustiças? Claro que, no processo, você também pode acabar se tornando injusto.
De uma forma bem divertida e com o intuito de mero entretenimento, Robert Louis Stevenson criou um dos grandes clássicos da literatura infanto-juvenil. Esse texto, até hoje, influencia a produção artística, bem como recheia o nosso imaginário a respeito dos famosos piratas.
A Ilha do Tesouro, publicação do mesmo autor de O Médico e o Monstro, foi um título que fez muito sucesso, trazendo consigo cenas de aventura, ação, mistério e muitas reviravoltas. No entanto, para mim, o que faz esse clássico permanecer no nosso imaginário é a quebra do maniqueísmo. Ao citar a obra gótica mais famosa do escritor escocês, lembro-me como a sociedade vitoriana estava bipartida entre o seu lado diabólico e angelical. Essa estrutura de pensamento, derivada da Igreja, foi sendo rompida e fez com que personagens como Jekyll e Hyde ganhassem tanta vida quanto Long John.
Para além disso, a popularidade da obra fez com que a sua importância fosse além das conclusões críticas que podemos tirar do texto. A Ilha do Tesouro traz consigo padrões estéticos e literários, desde a caracterização de um pirata e sua caçada até mesmo ao padrão de viagens de aventura. Sendo diversas vezes adaptado, o estilo de Stevenson acabou ultrapassando muitas fronteiras, chegando a obras aclamadas como One Piece.
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