IvaldoRocha 29/09/2022
Combatendo fake news.
Os quadrinhos sempre foram considerados uma leitura menor, mas é inegável o prazer de se gastar algum tempo entre eles, nem que seja para relembrar a infância. Hoje estão alçados em outro patamar, temos “novelas gráficas” primorosas, chegando a receber o prêmio Pulitizer.
Talvez o Mandrake seja um herói não tão lembrado e até mesmo desconhecido pelo público de hoje. Criado em 1934 só veio a fazer sucesso dez anos depois. Fantasma também criado pelo mesmo autor, fez mais sucesso que o nosso mágico ilusionista.
Diferente da maioria dos heróis em quadrinhos que na época da “Grande Guerra” foram para o front, enfrentar os alemães. Mandrake permaneceu na América, o que não significa que estivesse empenhado em colaborar na guerra.
A edição traz duas estórias, a primeira é “Mandrake entre as Múmias”, onde nosso herói, recebe um pedido de ajuda do irmão de Narda, um jogador irresponsável e incorrigível, que informa que ela foi raptada. Junto com o gigante Lothar, seu fiel ajudante, Mandrake parte para salvar seu eterno amor.
Mas a segunda história chama mais a nossa atenção, ambientada em 1942, durante a guerra. Mandrake é chamado a ajudar o governo dos Estados Unidos a desbaratar uma gangue, formadas por espiões nazistas infiltrados na América e responsável pela disseminação de “Fake News” visando desestabilizar a moral dos americanos. Embora em uma época que não favorecia a disseminação de boatos, a mesma precariedade de disseminação também prejudicava a contestação dos boatos.
Outro fato curioso é que você vai encontrar no decorrer da estória, uma pequena mensagem em alguns quadrinhos incentivando a compra de bônus de guerra para ajudar o EUA na luta.