Autor de sucessos de público e crítica como Alta fidelidade, Febre de bola e Um grande garoto, o britânico Nick Hornby, que conquistou leitores em todo o mundo ao expor as crises por que passam os homens na casa dos 30 anos, dedica-se agora a um protagonista mais jovem. Em Slam, ele conta a história de Sam, arremessado à paternidade ainda na adolescência, e as mudanças que o jovem precisa enfrentar para antecipar a chegada na idade adulta. O romance é temperado pelo bom humor, pela linguagem fluida, repleta de referências da cultura pop, e pelo inconfundível talento do escritor inglês para refletir sobre a alma masculina. Com direitos de tradução comercializados para 26 países e com adaptação garantida para o cinema, pelas mãos do próprio Nick Hornby, Slam chega às livrarias do Brasil a partir de 26 de abril.
Sam vivia aquela que parecia ser a melhor fase da sua vida. A mãe tinha se livrado daquele namorado mala do Steve, a professora de arte o incentivava a fazer faculdade, ele tinha aprendido duas novas manobras no skate e ainda havia a Alicia, a garota mais linda e descolada do mundo. Para completar, tinha também os conselhos de Tony Hawk, tirados diretamente do pôster da parede do quarto e das linhas do livro autobiográfico do campeão de skate – que Sam leu mais de 50 vezes. Mas como nada permanece igual por muito tempo, não demorou para tudo começar a mudar. E neste caso, um pouco para pior.
Mas antes de contar como ele levou o maior tombo de sua vida, um verdadeiro "slam", o protagonista passa algumas informações importantes para o leitor. Agora, enquanto escreve, ele já tem 18 anos. E é aí que rememora o que aconteceu aos 16, quando estava no último ano do colégio, planejava estudar arte, passava horas andando de skate e começava a ter relacionamentos mais longos do que duas semanas. Naquela época, a mãe estava com 32 anos e o pai, 33. E quanto a ele. Bom, Sam também estava prestes a ser apenas 16 anos mais velho que seu primeiro filho... E nem o pôster de Tony Hawk, com suas respostas para tudo, sabia exatamente o que dizer sobre isso. Em questão de minutos, Sam levou um tombaço que virou sua vida de cabeça para baixo. Ele mal sabia que aquilo era só o começo.
Para deixar a história mais curiosa para o público adolescente e um tanto mais atraente para os adultos, Hornby manda o garoto para o futuro. Não um futuro muito distante, mas longe o suficiente para deixar qualquer um - adultos e adolescentes – em estado de alerta. Aos poucos, o escritor revela os questionamentos que vão tomando conta do rapaz e as mudanças impostas pelo seu amadurecimento forçado, sempre com o tom engraçado e casual que faz dele um mestre em captar no cotidiano de homens em busca da sua identidade matéria-prima para seus romances. E demonstra a mesma habilidade para falar aos mais jovens que lhe rendeu milhões de fãs na casa do 25 aos 40 ao redor do mundo.
Literatura Estrangeira