Neste elogiado romance, Paul Auster passeia pelo Brooklyn, disserta sobre a vida americana pós-crise de 2008 e faz um balanço de três gerações: a sua própria, a de seus pais e a de seus filhos.
Desde 2006, 27 de fevereiro é o "Paul Auster Day" no Brooklyn, em Nova York. Sunset Park, o mais recente romance do autor de Leviatã, vem a ser, senão uma celebração, um passeio afetivo desse quase nova-iorquino pela sua vizinhança.
Sunset Park é um bairro de imigrantes no Brooklyn, onde quatro jovens beirando os trinta anos decidem encarar a aventura de ocupar ilegalmente um imóvel vazio. Os quatro, embora sem condições de pagar nem mesmo os baixos aluguéis da região, têm um background de classe média, são instruídos e nutrem veleidades artísticas e intelectuais.
Entre eles está Miles Heller, que encontra no amor pela adolescente Pilar o primeiro impulso para pôr um ponto final nos anos de isolamento que se seguiram a um trágico acidente pelo qual, desde a adolescência, se sente culpado.
Mas enquanto Miles quer juntar os pedaços e reabrir os olhos para o futuro, tudo à sua volta está coberto pela melancolia e o abandono; a crise americana de 2008 - quando o crédito imobiliário entra em colapso - é um dos pontos centrais desse romance, que fala sobre casas esvaziadas e ocupadas, desfeitas e refeitas.
Ainda assim, se as coisas obsoletas falam de morte, em Sunset Park uma multiplicação erótica de corpos humanos embebe tudo das potências de vida.
"Auster parece carregar toda a humanidade dentro de si." - The Boston Globe
"Não há personagens secundários no mundo de Auster - todos têm biografias e vidas interiores ricas e complicadas, além dos próprios dilemas com os quais têm de lidar." - The Independent
Ficção / Literatura Estrangeira / Romance