O “Tratado das Plantas Medicinais” é fruto do trabalho de mais de 40 anos de pesquisas e vivências da farmacêutica e professora Telma Sueli Mesquita Grandi. A obra, disponível para download gratuito, reúne 383 espécies com poder medicinal.
Na apresentação do livro, a autora explica que durante quase quatro décadas se dedicou ao ensino universitário e à pesquisa. Neste tempo, juntamente com seus alunos, Telma pôde analisar mais de cinco mil exemplares de plantas. Com o apoio de colegas botânicos e outros especialistas em plantas e farmácia, foi possível detalhar e apresentar diferentes usos de cada uma das espécies escolhidas para entrarem na obra.
Além de mostrar o enorme poder da natureza para curar doenças, o livro também é extremamente útil para informar as pessoas sobre os cuidados necessários, mesmo com remédios naturais. “É essa rica experiência que quero passar pra vocês e, principalmente, colocar que plantas medicinais podem causar muitos problemas se não forem observadas as quantidades em uso. Pois a diferença entre o medicamento e o veneno é, às vezes, questão de dosagem. Tive, pois, a preocupação de colocar em cada espécie as contraindicações, toxidade e a moderna interação medicamentosa”, explica a autora na apresentação do livro. Outro ponto a atentar é quanto ao local da coleta. A autora lembra que plantas coletadas em áreas urbanas muito poluídas podem estar contaminadas.
Esse cuidado está presente e visível em cada detalhe do livro. Segundo Telma, foram necessários três anos de coleta de plantas e flores apenas para que os artistas conseguissem desenhar adequadamente cada uma das aquarelas das espécies. A precisão também está o conteúdo. Nomes científicos, origem, descrição, partes usadas das plantas, constituição química, utilização, contraindicações e toxidade são detalhados em cada uma das plantas.
Além de exemplos comuns, como a erva-doce, o boldo e o quebra-pedra, o livro demonstra que espécies inusitadas como o arroz, ipê, couve e coentro também fazem parte da lista de plantas com propriedades medicinais.
Boa parte dos exemplares estudados e apresentados foram coletados em Minas Gerais. Mas, são nativos de diferentes locais do mundo e comuns em diversas regiões brasileiras.
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