Com Ximerix, Zuca Sardan retoma seu lugar na cena literária. O "veteraníssimo vate" e "patrono dos malditos" -- como ele se descreve -- publicou esporadicamente desde a década de 1950, mas a carreira diplomática o afastou do Brasil. Fino desenhista, ilustra seus poemas com "estampas" executadas num traço irônico que dialoga com os versos. Se Zuca parece levar-nos ao universo da travessura, o poeta Francisco Alvim adverte: “São fábulas e apólogos narrados com uma delicada pena de urutau, banhada em ironia e humor sem equivalentes nas letras pátrias. É como se ele relatasse para nós a vida (o mundo) como ela (ele) é, e a gente não se desse conta".