O livro é um exercício de análise de como se produz a memória histórica, como ela se elabora nos enunciados dos discursos políticos que, para se legitimarem, criaram a revolução de trinta como fato histórico fundador e como essa mesma memória também é reelaborada e consolidada pela prática historiográfica. Por isso mesmo, minha análise não pretendeu alcançar o sentido profundo da revolução de trinta, postura constante de uma certa historiografia, mas demonstrar os mecanismos pelos quais os discursos políticos produziram este fato histórico visando a própria legitimidade.