Todos aprendemos na escola que à Antiguidade se seguiu a Idade Média. Verdade simples, que, no entanto, implica um sem-número de questões que não podem ser escamoteadas, nomeadamente, a questão fulcral de saber quando se passou da Antiguidade para a Idade Média. Questão que, para ser respondida, supõe a resposta a outras questões: que é a Antiguidade? que é a Idade Média? em que critérios se pode basear uma tipologia de contrastes destas duas civilizações?
Naturalmente, a resposta a estas questões implica o estudo daquele período de transição em que uma sociedade mais ou menos híbrido se apresenta aos nossos olhos juntando aos estertores da agonia de um mundo os vagidos do mundo novo que começa.
É o estudo desse período, limitado no espaço ao Ocidente europeu, que o autor se propõe fazer nesta obra em que sucessivamente analisa a economia, as instituições, a sociedade, a cultura e a arte, desvendando-nos um mundo de extraordinário interesse nos vincados contrastes com que se vê marcado.