Em 1952, a escritora Lillian Hellman foi intimada a prestar depoimento sobre suas atividades antiamericanas perante o Comitê do Congresso encarregado de manter vivo o Americanismo. Era o ano em que Joseph McCarthy, no auge do poder, reelegia-se para o Senado. Mas Lillian não compareceu perante o Comitê do Senado. Ela foi intimada por um Comitê da Câmara dos comuns - aquela que, devido ao poder e longevidade que mantinha, tornou-se o comitê do período da Guerra Fria: o Comitê da Câmara contra Atividades Antiamericanas. Durante cerca de um terço deste século, o Comitê exasperou-se com seus arquivos cada vez maiores, depoimentos e relatórios. Sua época de maior poder teve início em 1948, com a deflagração do caso Hiss. Contudo, já em 1947 seu amplo mandato se mostrava explícito, com a colocação de testes ideológicos para produtos americanos, a começar pela indústria cinematográfica.
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