O evangelho da economia de mercado é dito único não só por ser vedada a recusa - qualquer desvio veleitariamente heterodoxo é punido ato contínuo pelos mercados e seus diretórios políticos mundiais - mas por ter engolido a velha esquerda, que acabou afinal rezando pela mesma cartilha. Com o título do presente volume, os autores estão sugerindo que o novo regime da economia real e simbólica da cidade é parte constitutiva deste novo senso comum, ao qual certamente não se pode chamar pensamento, e já não é mais ideologia, na acepção clássica do termo, que remonta à Era Liberal-Burguesa do velho capitalismo.