Áttico Chassot, doutor em Educação pela Ufrgs e professor da Unisinos diz que sim. "Não só a ciência, mas quase toda a produção intelectual é masculina". O Prêmio Nobel mostra isso. Dos 480 pesquisadores já premiados nas categorias de física, química e fisiologia desde 1901, apenas 11 são mulheres. Também na lista das 100 pessoas que mais influenciaram a humanidade segundo o pesquisador estadunidense Michael Hart (1993), as únicas mulheres citadas são Isabel, a Católica e Elizabeth I. A partir da análise de três vertentes que constituíram o mundo ocidental: a grega, a judaica e a cristã, Chassot procura provar que a contribuição dessas três raízes construíram uma sociedade machista, na qual a Ciência não é exceção. Embora algumas mulheres - como Hipátia, Marie Curie, Margareth Mead - tenham sido muito importantes para a Ciência, a presença feminina não está registrada historicamente na trajetória intelectual humana. Para Chassot, "não vai ser no espaço de duas ou três gerações que vamos conseguir superar preconceitos milenares". Entretanto, em A ciência é masculina? É sim, senhora! ele apresenta duas hipóteses, uma histórica e outra biológica, para a possível superação do "machismo" na Ciência. A ciência é masculina? É sim, senhora!, de Attico Chassot, é o 16o. volume da Coleção Aldus, a coleção de livro de bolso que a Editora Unisinos publica a fim de trazer assuntos interessantes aos leitores por um preço acessível.