“A Consolação da Filosofia” é uma obra filosófica de Boécio, escrita por volta do ano 524. Tem sido descrita como a obra mais importante e influente do Ocidente até o início da Renascença, e é também a última grande obra ocidental que pode ser chamada de Clássica. Boécio foi uma figura pública eminente sob o imperador gótico Teodórico, e um estudioso grego excepcional. Quando envolvido em uma conspiração e preso, foi para os filósofos gregos que Boécio recorreu. “A Consolação da Filosofia” foi escrita durante um período de um ano de prisão e tortura enquanto Boécio aguardava julgamento pelo suposto crime de traição.
Esta sua experiência inspirou o texto, que reflete sobre como o mal pode existir em um mundo governado por Deus, e como a felicidade pode ser alcançada em meio a uma fortuna inconstante, ao mesmo tempo em que considera a natureza da felicidade.
Boécio escreveu o livro como um diálogo alternado de prosa e verso entre o prisioneiro doente e sua “enfermeira” a Lady Filosofia. Ela consola Boécio discutindo a natureza transitória da fama e da riqueza, e a superioridade última das coisas da mente, que ela chama de “o único bem verdadeiro”. Sua explicação sobre a natureza da Fortuna e da felicidade, o bem e o mal, o destino e o livre arbítrio, restaura a saúde do prisioneiro e o leva à iluminação.
A Consolação da Filosofia foi extremamente popular em toda a Europa medieval. Suas ideias influenciaram, entre outros, Tomás de Aquino, Chaucer e Dante Alighieri.
“Mas quem pode estabelecer leis aos amantes? O amor só conhece uma lei!”
Filosofia / Religião e Espiritualidade