Blackburn propõe-se a entender como e por que a escravidão foi instaurada pelas potências européias em suas colônias no Novo Mundo. Iniciando sua narrativa em 1492, ele demonstra que o processo de formação da escravidão moderna é o mesmo que impulsionou o desenvolvimento das sociedades amaricanas. Interessado acima de tudo em perceber os elos entre a escravidão e a modernidade em uma perspectiva global, Blackburn chama atenção para o que domina de "o lado obscuro do progresso" e seus "fins altamente destrituvos e desumanos": entre eles, o destino de cerca de 12 milhões de africanos e seus descendentes que cruzaram o atlântico entre 1500 e 1800.