A Contra-Reforma tem sido convencionalmente tratada apenas como uma série de reformas institucionais a partir dos níveis superiores da igreja católica romana, com um final definível por volta do fim do século XVII. Mas execelentes trabalhos de pesquisa recentes, alargaram o âmbito do problema, através de um estudo mais próximo do impacto real que teve sobre os povos da Europa católica. A análise de Michael Mullet reflete essa visão mais vasta. O seu caderno descreve, nuna linguagem concisa e inteligível, as mudanças fundamentais provocadas pela intensificação de uma campanha, a partir do século XVI, destinada a transformar milhões de europeus em leigos católicos modelares. O conhecimento destas mudanças é essencial para compreendermos a história da Europa do início da era moderna.