Howard Marks não é tão famoso quanto Warren Buffett, tão rico quanto Jeff Bezos e tão midiático quanto Elon Musk. Porém, ele é um dos pensadores mais respeitados pelos analistas de investimentos, pois ele pensa do modo que recomenda: em segundo nível. É assim que ele faz a leitura da relação entre risco e retorno, bem como dos ciclos dos mercados. Sua convicção é tão clara quanto sensata: o investidor defensivo tem mais chances de permanecer no jogo e vencer no longo prazo.
“Os riscos são inerentes aos investimentos e são impossíveis de serem evitados. O que um investidor pode fazer é mensurar até que ponto os riscos podem ser controlados ou mesmo tolerados em função daquilo que está na outra ponta da equação: as possibilidades dos retornos.
O senso comum trata a relação entre risco e retorno de forma linearizada, de modo a acreditar que, quanto maior o potencial de retorno, maior será o potencial de risco. Marks contraria essa percepção, ao defender que é possível obter maiores retornos conciliados com riscos mais controlados. Para ele, os riscos mais elevados residem nos investimentos cujos resultados são mais incertos, ou seja, com um arco de possibilidades maior, que vai desde o retorno acima do esperado até o resultado negativo.”
Economia, Finanças