O Barão de Teive é possivelmente o último heterônimo criado por Fernando Pessoa. É também um dos mais desconhecidos. Esse heterônimo reuniu várias obsessões de seu criador. Era um aristocrata, como Pessoa sempre pretendeu ser, buscando e rebuscando traços de sangue azul na sua linhagem paterna e promulgando uma teoria de aristocracia interior: era solteiro, abastado e tinha grande dificuldade de lidar com a sexualidade. Segundo Richard Zenith, editor e autor post-mortem deste livro, o Barão de Teive assumiu o aspecto mais perigoso de seu criador: a razão sem freio, que levou a conclusão de que a conduta racional da vida era impossível, e sendo assim o suicídio era a saída que a razão lhe impunha.
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