Durante a década de 1780 o poder produtivo da humanidade se expandiu de forma nunca antes vista em sua história. Houve uma revolução comparável à invenção da agricultura e das cidades, a “partida para o crescimento auto sustentável” (como é chamada por economistas atuais) que acabou por possibilitar a Revolução Industrial.
Os britânicos foram os pioneiros dessa revolução, e isso não se deveu ao acaso; sua estrutura social pré-industrial serviu de base para a “partida”. O desenvolvimento econômico da Grã-Bretanha era a meta mais importante de sua política governamental e sua agricultura já se voltava para o mercado (o que possibilitaria o “sustento” de uma sociedade urbana e industrial).
A tecnologia não pode ser vista como um fator preponderante para se entender o pioneirismo britânico, pois as máquinas e até mesmo as indústrias já eram uma realidade, mas sua produção servia para saciar a demanda interna, o mercado já existente. Somente quando os empresários perceberam a possibilidade de um lucro nas fábricas comparável ao anterior (meramente comercial), pode-se pensar em uma revolução industrial. As indústrias de produtos de consumo de massa (como as têxteis) já tinham um vasto mercado e ofereciam um ganho rápido e certo; além disso, sua tecnologia era relativamente simples e barata. Por isso, foram as primeiras a chamar a atenção dos empresários britânicos.
Proporcionalmente à busca pelo lucro, nascia a necessidade de se expandir o mercado ainda mais, e a organização dos países do mundo se mostrava bastante favorável a essa expansão. Os países mais pobres seriam um ótimo mercado para enriquecer as nações produtoras, que “copiaram” o bem sucedido modelo inglês e ajudaram a implantar o capital pelo mundo.
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