Uma das questões centrais de A grande feira, ensaio sobre arte contemporânea, é a subordinação da figura do artista ao sistema de arte. Somos provocados a nos questionar se a chamada arte conceitual (instalações, performances etc), seria, de fato, arte. Este talvez seja o ângulo mais agudo e doloroso a ser investigado neste livro. Em vez de uma reflexão filosófica ou estética, este ensaio traça as relações éticas, a atuação do artista contemporâneo no mundo real. Luciano discute também o papel de todos os atores envolvidos nesse sistema: artista, crítico, curador, marchand, casa de leilões, cadernos de cultura, universidades, museus, revistas especializadas, colecionadores. Ele nos convida, assim, a um debate saudável, que no Brasil nem sempre é visto com bons olhos.