Os contos de Nicole Claveloux – publicados originalmente no final da década de 1970 na mítica revista Métal Hurlant e nunca antes editados no Brasil – estão entre os mais belos quadrinhos já desenhados: exóticos, inebriantes, com o frescor e o esplendor dos sonhos. Na história do título, escrita por Édith Zha, uma nova planta doméstica se torna o primeiro passo de uma jornada épica de autodescoberta e uma espirituosa fábula de romance moderno – completa com arbustos falantes, um gênio sábio e um corvo melancólico. Como em uma sequência de sonhos, a história é dividida em vários episódios que se entrelaçam sutilmente. Encontramos em Claveloux a influência de ilustradores como o francês Gustave Doré, o russo Rojankovsky e o dinamarquês Kay Nielsen.
Reverenciado com o Prêmio do Patrimônio no Festival de Angoulême em 2020, A Mão verde e Outras Histórias apresenta a realização plena de uma artista inesquecível e injustamente negligenciada dos quadrinhos europeus.
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