Em A paciência da aranha, um comissário Montalbano triste e deprimido, atormentado por uma crise existencial, se pergunta: é possível um homem chegar ao fim de sua carreira e se rebelar contra tudo que lutou para manter? Convalescendo após um quase encontro com a morte em uma de suas aventuras anteriores, cuidado pela fiel e amada Livia, ele reavalia suas crenças, a vida dedicada a uma justiça na qual não mais acredita cegamente.
Em meio a divagações morais, percebe que os criminosos que ajudou a prender são infelizes vítimas de um sistema também imperfeito. s vezes aquilo que ele acreditava correto era considerado errado pela justiça. Então, seria melhor seguir a lei ou a própria consciência? Montalbano é retirado desse autoexame por um chamado de seus companheiros da força policial de Vigàta: uma moto fora roubada.Sem entender porque o perturbariam por tão pouco, o inspetor logo descobre que junto com o veículo a bela universitária que o conduzia, Suzanne Mistretta, também fora levada. Apesar dos telefonemas anônimos à família e uma foto da jovem raptada, Montalbano acredita haver mais por trás do caso. E ele será o único capaz de encontrar o fio de uma teia tecida com paciência e crueldade...
Romance policial